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Crianças lutam por seus direitos e países deixam a desejar
THAÍS YURI
da Folha Online
Em maio deste ano, a ONU (Organização das Nações Unidas) realizou uma
sessão especial sobre a infância. Quase 400 crianças do mundo todo mandaram
uma mensagem para os representantes dos 189 países reunidos: "Não somos
gastos, mas investimentos".
"Queremos um mundo que seja digno das crianças, porque um mundo digno das
crianças é um mundo digno de todos", disse a boliviana Gabriela Azurudy
Arrieta, 13. "Somos vítimas de exploração e abuso. Somos as crianças de rua.
Somos as crianças da guerra. Somos os órfãos da Aids", afirmou.
O objetivo da sessão foi analisar os sucessos e fracassos no cumprimento de
27 metas adotadas na Conferência Mundial para as Crianças, em 1990.
A situação das crianças hoje é melhor do que há 12 anos -mais crianças vão
à escola e há 3 milhões de mortes infantis a menos do que em 1990-, mas está
longe de ser ideal. Cerca de 150 milhões dos 2 bilhões de crianças do mundo
são malnutridas (não recebem uma alimentação adequada), quase 11 milhões
morrem antes dos cinco anos de idade, mais de 120 milhões não vão à escola,
10 milhões morrem todo ano de doenças que poderiam ser evitadas e cerca de
300 mil combatem em guerras.
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