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Cristina Veiga
Especial para o GD
As TVs anunciam, as rádios
comentam, os jornais publicam. Mesmo assim, é difícil
acreditar que o “exterminador” Arnold Schwarzenegger
seja o novo governador da Califórnia (EUA). Tá
certo que os norte-americanos são um pouco tapados,
não conseguem distinguir entre ficção
e realidade, mas transformar o insosso astro de Hollywood
em governador, pelo amor de Deus!
Vai que o fisiculturista pega gosto
pela coisa?! Ou pior: se vira moda fazer sucesso no cinema
para virar governador. Os norte-americanos estão, pelo
menos por enquanto, livres da possibilidade de "Conan,
o Bárbaro" virar presidente da República.
Tem uma cláusula na constituição deles
que proíbe estrangeiros de dirigir o país. E
o homem é austríaco. Senão, ainda tinha
chances de o mundo assistir a repetição da história
de Ronald Reagan, que fez o mesmo trajeto e foi parar na Casa
Branca.
A única explicação
plausível para o homem ter virado governador é
o trauma norte-americano ao ataque terrorista que derrubou
as torres gêmeas do World Trade Center. O novo governador
arrasa com uns 450 guerrilheiros, de uma só vez, no
filme paródia True Lies. Quem sabe o povo dos Estados
Unidos acredita que, como o presidente George W. Bush não
conseguiu, ele pode “acabar” com Bin Laden e Saddam
Houssein?!
Gente, o “tira no jardim
de infância” vai comandar nada menos que o Estado
mais rico e populoso do país mais rico e poderoso do
mundo: os Estados Unidos da América, como eles gostam
de dizer. Será que ele aprendeu alguma coisa com sua
esposa Maria “Kennedy” Shiver, sobrinha do veterano
senador Ted Kennedy? Duvido. Até parece que John O’Hara
estava prevendo o futuro quando afirmou: “Os Estados
Unidos são um país que passou da barbárie
à decadência sem um estágio intermediário
de civilização”.
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