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capital humano

26/03/2008


Accenture paga bônus para quem trouxer talentos

 

O principal executivo da área de gestão de talentos da Accenture, Rodolfo Eschenbach Júnior vem enfrentando o agradável desafio de selecionar anualmente um expressivo número de profissionais para trabalhar na consultoria. A multinacional iniciou 2007 com a expectativa de realizar 880 contratações mas acabou fechando o ano com 2,4 mil novos empregados. Este ano já são 1896 vagas em aberto.

Mas a tarefa de Eschenbach de "caçar" talentos tem lá seus entraves. Não é fácil encontrar profissionais com a qualificação adequada para a consultoria. Por isso, toda criatividade é pouca na hora de buscar os melhores candidatos. Um dos programas criados pela área de recursos humanos para ajudar nessa procura foi batizado de "Traga seus Amigos".

Os próprios empregados são estimulados a fazer indicações. Caso o profissional enquadre-se nos pré-requisitos fixados e após um período de experiência ele seja aprovado, quem indicou recebe um bônus. "Não é nada astronômico, mas dá para o colaborador se divertir. Com isso, conseguimos fazer as pessoas que já conhecem o perfil que buscamos atraírem outras que já entram com alguma familiaridade com a nossa cultura", diz o executivo.

A busca este ano é por 396 técnicos com perfil gerencial e 1500 analistas de sistemas, consultores programadores. O site da empresa é uma porta de entrada aos candidatos e recebe, em média, cinco mil currículos por mês. Mas apenas metade dos interessados passa pelo processo seletivo. Há uma série de filtros antes do profissional ser entrevistado.

A Accenture tem 6,3 mil empregados no Brasil. Registrou receita líquida global de US$ 19,70 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de agosto de 2007. A consultoria vem crescendo anualmente e apenas 20% das vagas que estarão disponíveis em 2008 são para substituição, o restante são novas oportunidades. A maior parte, cerca de 60%, é para profissionais com formação em tecnologia da informação, exatamente onde é registrada maior carência de pessoal. As outras dividem-se em 10% para gerenciamento em consultoria e 30% para outsourcing e especialização- em 2007, apenas no Brasil, a Accenture fechou o ano com 2 mil colaboradores nesta área. No mundo, são 70 mil.

E as especialidades das novas oportunidades são divididas por indústria: aviação, telecomunicações, recursos naturais, petróleo, mineração, siderurgia, indústria de base. Outro segmento é o de produtos financeiros. Ela atua ainda com serviços públicos, varejo e indústrias automobilística e de consumo.

Cerca de 360 vagas disponíveis este ano são para iniciantes. A Accenture vem mantendo parcerias com universidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. "Não temos foco apenas nas escolas de primeiro nível. Todas podem ter pessoas boas que não tiveram a oportunidade de se preparar melhor. Mas mantemos a barra (de entrada) em nível alto e subimos sempre que possível. A empresa aposta em jovens talentos: 95% deles são contratados ao final do programa de estágio", diz o executivo.

A consultoria não abre mão de proficiência em língua estrangeira, em especial o inglês. Mas quando o candidato a uma vaga apresenta um currículo muito completo ele é estimulado a aprender a língua já dentro da empresa. O pessoal de TI faz programação para o exterior na nossa fábrica de software em São Paulo e, além da bagagem técnica, tem que ter o domínio esperado não só da linguagem de sistemas do inglês", destaca.

Mas Eschenbach explica que apesar da Accenture ser amplamente internacionalizada, contar com 170 mil empregados em 49 países, o perfil de seu profissional é adequado ao país de atuação, embora seja valorizado um perfil voltado para atuar no exterior. Em 2007, apenas para a área de telecomunicações, foram contratados 250 consultores no Brasil. O crescimento tem relação direta com a demanda crescente de projetos não só daqui como de suporte a operadoras de telefonia na Grécia, Romênia, Polônia, Argentina, México, Malásia e Portugal. A expectativa é que outros 200 consultores sejam contratados nesta área em 2008.

Cada empregado tem um mentor que cuida de sua carreira. Não se trata necessariamente do chefe, mas de uma pessoa que atue na sua formação e discuta o programa de treinamento seguindo as diretrizes fixadas mundialmente. Muitos dos cursos oferecidos pela consultoria são realizados por meio do e-learning, o aprendizado via computado. Mas a Accenture tem, também, convênio com o Ibmec para oferecer MBA para os funcionários.

A consultoria dispõe, ainda, de um centro de treinamento em Chicago (EUA). Para abriga-lo, comprou o prédio onde funcionava uma universidade. A cada dois anos, o profissional da Accenture pode fazer um curso de formação. E segundo Eschenbach é um caminho importante não só para o aperfeiçoamento como para conhecer melhor a cultura da empresa. É também uma oportunidade de fazer "network" com profissionais de diversas partes do mundo.

Leo Pinheiro
Valor Econômico

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