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Mais são paulo
04/07/2005
Programa "São Paulo é uma Escola"

Apoio pedagógico, reforço escolar, leitura, aulas de dança, música, teatro, artes plásticas, cinema, natação, gincanas, desafios e jogos esportivos. É assim que as crianças de classe média ocupam grande parte do tempo em que não estão na escola. A partir de agora, os alunos da rede pública municipal também poderão passar suas manhãs e tardes no novo projeto de educação integral da Prefeitura.

O programa "São Paulo é uma Escola já beneficia cerca de 25 mil alunos da rede municipal, entre Centros Educacionais Unificados (CEUs) e escolas de ensino fundamental do Centro. O programa - desenvolvido por meio de oficinas pedagógico-culturais coordenadas por profissionais de Educação, Cultura e Esporte - busca ampliar e enriquecer os espaços educacionais e o tempo de aprendizado para obtenção de melhores resultados dos alunos da rede pública.

Para o prefeito José Serra o destaque do "São Paulo é uma Escola" está no reforço escolar oferecido aos alunos com dificuldades de aprendizado, pois vem "suprir a falha do sistema de progressão continuada", mecanismo pelo qual o aluno não é reprovado. "O importante do pós-escola é o acompanhamento da correção dos problemas de aprendizado", afirmou Serra.

Dados da Secretaria Municipal de Educação apontam que 30% dos alunos do 3º ciclo do ensino fundamental não estão alfabetizados. De acordo com o secretário da pasta, José Aristodemo Pinotti, o novo programa vem se somar a uma série de ações e projetos - como formação continuada, projetos especiais e diminuição dos turnos escolares - para concretizar o objetivo final desta Administração, que é o de dotar o ensino público municipal de qualidade, em contraposição às estatísticas atuais. "É fundamental que essas crianças e jovens sejam expostos mais tempo ao processo de ensino-aprendizagem. A educação de que precisamos é aquela que ofereça um pouco mais de escola para quem tem menos em casa, de forma que todos tenham a mesma oportunidade", explicou Pinotti.

Nos 21 CEUs da cidade, o programa de pós-escola ganha o nome de "Educação Integral", e vem sendo realizado em caráter experimental desde o dia 9 de maio. As orquestras de cordas dos CEUs Butantã e Cidade Dutra, que se apresentaram hoje no teatro da unidade visitada, são um exemplo de curso oferecido em alguns centros educacionais. "Essa orquestra mostra para nós o papel que a música e a arte têm na melhoria da auto-estima e da auto-confiança de crianças e jovens", comentou o prefeito.

O apoio pedagógico é outro tipo de atividade, que, no caso do CEU Butantã, é desenvolvido diariamente em dois horários: das 11h às 12h30 para os alunos que têm aulas regulares de manhã, e das 17h às 18h30 para os alunos da tarde. No caso dos que não apresentam defasagem de aprendizado, esse tempo é utilizado para a produção da lição de casa, para o desenvolvimento da leitura e da escrita, e para orientação pedagógica - de como estudar melhor, como pesquisar etc.

Apesar de a adesão ao programa ser voluntária, a Secretaria Municipal de Educação espera que até o final de 2008 todos os alunos da rede municipal estejam inseridos em algum tipo de atividade de pós-escola. Durante seu discurso, o prefeito José Serra aproveitou para incentivar a adesão. "Esperamos que os pais estimulem as crianças a participarem e que as crianças peçam aos pais para virem", disse.

A previsão é de que até o final deste ano o número de alunos beneficiados pelo programa chegue à 100 mil. Além do Tempo Integral nos CEUs e do projeto pós-escola nas 18 escolas da região central (desde 16 de maio), outras vertentes do "São Paulo é uma Escola" serão implantadas nos próximos meses. Em julho, começarão as atividades de pós-escola no Sambódromo, para alunos de escolas da Zona Norte próximas ao equipamento, e nos clubes da cidade (antigos balneários públicos), para estudantes de escolas vizinhas a esses locais. Para as demais unidades escolares, o início do programa está agendado para agosto.

Segundo o secretário municipal de Educação, experiências embrionárias de pós-escola são desenvolvidas em aproximadamente 20% do universo das escolas da Prefeitura que não os CEUs, graças à iniciativa de diretores, professores e coordenadores de Educação. A informação surpreendeu o secretário positivamente e reforçou sua crença na possibilidade da "universalidade" do programa dentro do município.

A cidade de São Paulo possui 204 CDMs, 44 Clubes da Cidade, além de museus, cinemas, teatros e parques. Estes espaços estão subtilizados, especialmente pelos alunos. "Não é justo que São Paulo tenha tantas oportunidades culturais e que as crianças das nossas escolas não aproveitem essas oportunidades", destacou Pinotti.

"Estamos inaugurando uma nova etapa no ensino oferecido em São Paulo, que significa a sinalização de um futuro melhor para nossos jovens, porque eles são o nosso futuro", concluiu o prefeito José Serra ao fim da cerimônia de lançamento do "São Paulo é uma Escola".

As informações são da Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo.

   

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