MAIS SÃO PAULO
07/09/2007

Com novos bares e clubes, rua Augusta atrai grande diversidade de jovens

João Batista Jr.


Depois da inauguração do clube Vegas, em 2005, a rua Augusta viu, aos poucos, o perfil de seu público se modificar. Jovens que freqüentavam a noite da Vila Olímpia e do Itaim Bibi têm o centro como mais uma opção de lazer. E empreendedores passaram a considerar a rua um novo foco para investimento.

Bares antigos foram remodelados, como o Vitrine e Ibotirama, e estabelecimentos novos foram abertos. "Hoje tem mais diversidade. Antigamente era inferninho atrás de inferninho, ninguém ia pra lá tomar cerveja com os amigos", diz Paula Queiroz, autora de "Do Luxo ao Lixo" – documentário de rádio sobre a rua. "Já hoje tem o Vegas, o Outs, o Inferno, o Astronete,..."

A diversidade também chama a atenção da estudante universitária Renata Losso. "Agora tem hippie, mauricinho, roqueiro, gay e punk. Até uns anos atrás não era bem assim", acredita.

Com o aumento no número dos jovens na região, as prostitutas que faziam ponto nas calçadas da Augusta viram seu local de trabalho ser disputado. Hoje, apenas o trecho conhecido como baixo Augusta (entre as ruas Costa até a João Guimarães Rosa) concentra um maior número de profissionais do sexo.

Influência
A abertura do clube Geni e do bar Exquisito!, em 2006, e do Bar Leblon, em 2007, aliado aos estabelecimentos que já existiam nas imediações, fez com que o trecho da rua Bela Cintra próximo à rua Fernando de Albuquerque também deixasse de ser um ponto preferencial para as prostitutas.

Ainda que o projeto já fosse antigo, a Prefeitura de São Paulo tirou da gaveta uma obra que deu continuidade às mudanças ao padronizar, no ano passado, o calçamento de toda a extensão da rua Augusta – com rebaixamento para cadeirantes e piso não escorregadio.

Inauguração
"Estou proposto a aumentar o nível da rua Augusta". A frase de Nicolau Loukopoulos é contundente: mostra que o proprietário do Athenas Café, bar e restaurante inaugurado no último 20 de agosto na esquina da rua com a Antônio Carlos, procura uma segunda fase para a revitalização da Augusta. "Agora que temos muitos jovens na rua, é preciso proporcionar boas opções de diversão." Para ele, botecos sujos e atendimento ruim ainda prevalecem na região.

"Falta investimento em qualidade por aqui, pois existe uma demanda para estabelecimentos mais elaborados – iguais aos que encontramos nos Jardins". Natural da Grécia, Loukopoulos conta que o Athenas Café só fecha depois que o último cliente for embora. "E abrimos sempre às 7 h da manhã."

Barrados no baile
A festa na Augusta não é para todos. No ano de 2007, o Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) intensificou a fiscalização de estabelecimentos que não respeitam as normais de seguranças. Muitos "inferninhos" e saunas, assim, foram fechados. Segundo assessoria do órgão, 31 estabelecimentos localizados na rua estão com processos abertos – dos quais 12 já foram interditados.

   
 
   
 

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