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REFLEXÃO


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Mais São Paulo
16/11/2005

Escolas municipais terão apoio médico

A partir do ano que vem, toda escola municipal de São Paulo terá o apoio de uma unidade básica de saúde (UBS) ou de uma universidade para cuidar de seus estudantes. A ação, que faz parte do programa "Escola Promotora de Saúde", da Secretaria Municipal de Educação, vai tentar melhorar a saúde dos alunos da rede.

Uma pesquisa divulgada em maio pela prefeitura detectou que 70% dos estudantes têm cáries, 20% sofrem de verminoses, 10% apresentam algum problema oftalmológico, 57% dos alunos do ensino infantil estão anêmicos e 30% dos que cursam o fundamental têm algum tipo de dificuldade auditiva. Além disso, 16% deles estão com a vacinação incompleta.

Para colocar a nova ação em prática, a secretaria está acabando de mapear a cidade e identificar que UBS fica mais perto de qual escola. O levantamento deverá estar concluído até a semana que vem e será fechado com a Secretaria Municipal de Saúde. Doze universidades parceiras (USP, Unifesp, Unisa, Uninove, FMU, São Judas, São Marcos, São Camilo, Fisp, Unib, Anhembi Morumbi e Unicid) também ajudarão a resolver os problemas e, no início de 2006, cada colégio saberá quem deverá procurar.

Prevenção
"Queremos cuidar da saúde dos nossos estudantes e fazer a prevenção destes problemas", afirma o secretário de Educação, José Aristodemo Pinotti. "A maioria deles pode ser prevenido com medidas simples, mas temos de identificar qual a prioridade de cada escola." Com o apoio de uma unidade-referência, o colégio poderá selecionar as doenças com maior incidência entre seus alunos e programar ações específicas para combatê-las.

Cada aluno também terá uma ficha de saúde para acompanhamento dos professores. Assim que a escola identificar algum problema, o estudante será imediatamente encaminhado para a unidade-referência, que fará o tratamento. Doenças que afetam diretamente o processo de ensino-aprendizagem, como dislexia ou hiperatividade, também serão cuidadas nesta unidade.

Demanda alta
Presidente do sindicato dos servidores municipais de São Paulo, Leandro de Oliveira, diz que a proposta é boa e necessária, mas lembra que ela só será bem aplicada se a prefeitura contratar mais médicos e enfermeiros.

"A demanda nas UBS já é grande. Com a ação, serão necessários mais profissionais da saúde para evitar filas ainda maiores", afirma. "E temos de lembrar que será preciso, especificamente, mais pediatras.

" A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada anteontem, mas informou apenas que o responsável pelo projeto passou a tarde em reunião e, por isso, não poderia dar informações. Enquanto a ação não tem início, a Secretaria de Educação vem desenvolvendo uma série de programas nas escolas com a ajuda das universidades. Para combater as cáries, por exemplo, algumas escolas de ensino infantil já receberam manequins para ensinar às crianças como escovar os dentes corretamente e estão implantando a escovação supervisionada pelos professores.

"Os problemas bucais são os mais difíceis de resolver porque a rede pública não tem como atender toda a demanda", diz Pinotti. "Então, temos de investir pesado na prevenção. Estamos pensando em incluir escova de dente no kit escolar, por exemplo."

Já os problemas oftalmológicos estão sendo detectados nas próprias escolas e encaminhados para tratamento. "Se a criança precisar usar óculos, a gente compra. Até o fim do ano, teremos entregue dez mil unidades e continuaremos expandindo o projeto.

" Neste ano, os alunos da 1.ª série tiveram prioridade porque é nesta etapa da educação que eles são alfabetizados.

DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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