José Serra viu-se obrigado a aceitar Gilberto Kassab como vice; todos sabiam, a começar de Serra, que iriam explorar as vulnerabilidades de seu companheiro de chapa. Bastou a divulgação do patrimônio de Kassab para que as acusações, amplificadas em ano eleitoral, fossem exploradas.

Neste final de semana, durante um comício, oradores tucanos preferiram fazer ataques pessoais contra Marta Suplicy num palanque em que estava José Serra. Inaugurou-se, na prática, a primeira sessão de baixarias.

Como Serra quer aparecer, nesta campanha, como alguém com propostas concretas e construtivas, ataques pessoais contra Marta são capazes de afetar mais sua imagem do que a da prefeita.

O eleitor paulistano não quer eleição federalizada nem ataques pessoais. Quer soluções para uma cidade caótica e financeiramente quebrada. Quem não perceber isso vai ter uma desagradável surpresa nas ruas.

Coluna originalmente publicada na Folha Online, na editoria Pensata.