REFLEXÃO


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pensata
26/10/2007

O aborto do governador

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, voltou a provocar polêmica ao vincular o crime ao excesso de fertilidade materna nas comunidades mais pobres. Foi chamado de preconceituoso. Mas a verdade é que, em parte, ele está certo. Aliás, é óbvio que está certo.

Alta fertilidade não significa necessariamente mais crime. Mas uma jovem repleta de filhos, vivendo numa comunidade desestruturada, violenta, com baixa perspectiva educacional e de trabalho para jovens é mais um, entre tantos, fatores de risco. Crianças descuidadas, sem atenção, sem acolhimento familiar, são candidatas a marginais. Por trás de todo o criminoso, há uma história de desestrutura familiar.

O maior problema do crime não é o número de filhos por mulher, mas esse certamente é um dos agravantes. O problema mesmo é a falta de perspectiva dos jovens combinada com a ineficiência policial.

Link relacionado:
Cabral apóia aborto e diz que "favela é fábrica de marginal"

Coluna originalmente publicada na Folha Online, editoria Pensata.

   
 
 
 

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