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24/03/2007
Entenda mais sobre o caso:

Diretor do maior entreposto da América Latina (Ceagesp), Francisco Cajueiro acredita que a troca de poder não pode impedir uma união entre os governos para abastecimento mais inteligente. Abaixo mais trechos da entrevista.


Logística
“A ausência do planejamento estratégico numa cidade como São Paulo é uma questão de extremo risco para o processo de segurança alimentar no sentido de abastecer uma região metropolitana com mais de 16 milhões de habitantes. O Ceagesp, com seus 4 mil comerciantes instalados, não mantém com a cidade qualquer tipo de relacionamento estratégico voltado para o abastecimento. As pessoas comem, os comerciantes vendem e não existe uma visão coletiva.”

Mudança do entreposto
“A maior pressão hoje é do mercado imobiliário. Um possível novo Ceagesp concentrando apenas o varejo, por exemplo, em Itaquera, diminuiria o trânsito, reduziria os custos e as perdas porque o manuseio das mercadorias seria menor. Mas os comerciantes não querem sair do local, porque eles vivem de possuir um espaço dentro do Ceagesp. A área tem 700 mil metros quadrados, mas a comercialização ocorre em 250 mil metros quadrados de área coberta. Na realidade, eu precisaria ter uma infra-estrutura junto às cidades do entorno de São Paulo. Os moradores próximos daqui não reclamam, porque eles compram produtos de qualidade e barato.”

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Favorável à mudança do Ceagesp, a conselheira municipal de política urbana representante da região oeste, a arquiteta Lucila Lacreta ressalta que a área não pode ficar à mercê da especulação imobiliária.

Área de risco
“É preciso dar atenção ao subsolo do Ceagesp por ser uma área alagadiça (encontros dos rios Pinheiros e Tamanduateí). Esse terreno, além de frágil, tem um lençol freático muito aflorado, quase superficial. Caso haja o planejamento de um futuro bairro, é preciso cuidado porque o subsolo não suporta estacionamento de veículos.”


Nova Leopoldina
“O que tem de ser definido é um ponto estratégico fora dessa centralidade que virou a Vila Leopoldina. O bairro deixou de ser industrial e passou a ser residencial e prestador de serviços. A prefeitura deve controlar e minimizar os impactos da especulação imobiliária através da imposição de aproveitamento e previsão de áreas públicas coletivas. Isso é cabível com uma boa lei de zoneamento. Tem de haver um projeto global e de construção harmônica.”


Centralizado

“Sai mais barato ter uma estrutura única para tudo. É um espaço público que tem sua utilização otimizada e máxima. Acho melhor ter um entreposto geral e centralizado para que se utilize melhor o espaço público.”