HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
 


27/03/2007

Professores de Denver elevam seus salários a medida que melhoram desempenho dos alunos

João Batista Jr.

Desde o começo de 2006, o sistema educacional de Denver, capital do estado do Colorado, nos Estados Unidos, mudou sua atuação diante dos professores: aqueles que apresentarem um bom desempenho, elevando a qualidade de ensino e usando métodos mais atrativos, pode receber benefícios reais aumentando suas médias de salário.

A idéia de que os melhores professores devem ser recompensados com melhores salários pelo bom trabalho que desenvolvem gera controvérsia. Isso porque o sistema, chamado de ProComp (Professional Compensation System for Teachers), não permite que o novo professor da rede pública possa escolher o método tradicional de pagamento; já os professores mais antigos podem optar por uma salário fixo ou pela chance de melhorar sua atuação para receber uma melhor remuneração – desses docentes, 30% já escolheram o método do ProComp.

O ProComp foi elaborado para incentivar os bons professores a ficarem na rede pública. Como as escolas privadas pagam melhores salários, os criadores do projeto fazem testes de cunho mais amplo (testes de conhecimento geral em história e matemática, pela clareza das aulas, pela pontualidade) e específico (melhora do nível dos alunos) para avaliar o professor.

Dessa forma, a mensuração do trabalho dos professores não é restrita apenas aos resultados das provas do alunos; mas também pelo empenho que o docente teve em ensinar – com o uso de recursos que vão além do método tradicional que requer apenas a lousa como ferramenta de trabalho.

A lógica adotada em Denver não é nova, pelo menos no mundo dos negócios. Assim como as grandes empresas fazem com os executivos ao dar gratificações quando estes cumprem metas preestabelecidas de lucratividade, o ProComp vai beneficiar os professores que elevarem o nível de ensino das escolas.

Veja a explicação do método de Denver (áudio em inglês)