Online
01/11/2007

“Acabo de me formar na www.africanvirtualuniversity.org”

Maximilien Calligaris


A tecnologia de informação e comunicação parece ser o instrumento ideal para criar ou aprimorar os sistemas educacionais dos paises em desenvolvimento. A educação online é de fácil acesso e com uma excelente relação de custo-benefício.

Num futuro não muito distante, a internet sem fio via satélite permitirá um acesso universal de qualquer lugar. Quando isso acontecer, deveria, enfim, recuar e mesmo sumir a divisão digital entre países (que é a fratura entre os países cujos cidadãos têm o acesso à internet e a capacidade de usá-la e, do outro lado, os países em que faltam ambas ou uma dessas condições).

No continente africano, a educação online é cada vez mais difundida no ensino primário, secundário e superior. Prevê-se que, a partir de 2012, estará conectada à internet a maioria dos hospitais, das bibliotecas, das escolas e das universidades. O mesmo vale para a maioria dos professores e dos estudantes.

A African Virtual University (Universidade Virtual Africana) é uma universidade sem campus real. Fica conectada a uma ampla rede de universidades de ponta norte-americanas e européias, assim como a outras instituições educativas em países francófonos, anglófonos e de língua lusitana. Nascida de um projeto do Banco Mundial em 1997, ela é hoje uma organização intergovernamental, com sede em Nairobi (Quênia). A AVU foi criada e organizada para melhorar a educação superior através da tecnologia informática. Além de administrar cursos online de jornalismo, administração, ciência e línguas, a AVU propõe um ambiente acadêmico virtual com uma biblioteca digital online de mais de mil periódicos e com a difusão online de numerosos seminários. Ela opera em 17 países subsaarianos e mais de 24 mil estudantes já seguiram seus cursos.

Reuniu-se pela primeira vez na Etiópia, em 2006, o E-learning Africa (África educação online), que é hoje o maior evento Pan-africano sobre a tecnologia de comunicação e o desenvolvimento sustentável. Em 2007, o evento aconteceu no Quênia, com 1403 participantes de 88 países.

Os conferencistas eram acadêmicos e representantes de governos e de organizações não governamentais, assim como da Unesco. Participaram do evento também executivos de grandes companhias multinacionais. A educação online é um mercado lucrativo e promissor, com uma grande diversidade de produtos e serviços.

Segundo um relatório recente publicado por Global Industry Analysts (analistas da indústria global), o mercado mundial da educação online deverá chegar ao seu ápice em 2010 e, nessa data, aposta-se que ele ultrapassará os US$ 52.6 bilhões. Hoje, os EUA sozinhos representam 60% do mercado mundial (perto de US$18 bilhões). A Europa é o segundo mercado com pouco menos de 15%. O mercado asiático deve crescer de 25% a 30% anualmente, até 2010. O relatório, que apresenta 298 companhias no mercado da educação online (para começar, Microsoft, Adobe Systems, Hewlett-Packard, Intel etc.), é vendido online por pouco menos de US$ 4 mil (R$ 7.200).

   
 
   
 

NOTÍCIAS ANterioreS:
01/11/2007 CPTM deixa livros nos vagões dos trens
30/10/2007 Grife quer refletir realidade dos jovens de Campo Limpo
30/10/2007
Professor em SP se aposenta antes do que em país desenvolvido
29/10/2007
Arquiteto lança livro para mostrar as belezas de SP
29/10/2007
Centro vai receber filial de clube gay mais importante de SP
26/10/2007
Casos de jovens com altas habilidades
26/10/2007
Rua Haddock Lobo vai ganhar “shopping” aberto
25/10/2007
Virada Universitária pretende reverter serviços para a população
25/10/2007
Designers discutem criar pólo de produção em São Paulo
23/10/2007
Avanhandava vai ganhar praça em área degradada
Mais matérias