Para
especialistas que participaram do projeto de redução
de homicídios em Diadema, a implantação
do "pacto da paz" em outras áreas violentas
de São Paulo não vai ser tão simples
como prevê a prefeitura. Segundo eles, o cumprimento
da lei municipal, sancionada em 1999, seria a melhor maneira
de fazer cumprir a lei seca.
Para o cientista político Guaracy Mingardi, o acordo
com comerciantes só funciona em áreas urbanizadas.
"Como propor um acordo para bares em favelas, que estão
pouco ligando para a fiscalização? Nesse caso,
sem uma mobilização local das entidades, como
ocorreu no Jardim Ângela, ameaças não
vão adiantar."
Diadema passou de primeiro lugar no ranking de homicídios
entre os municípios, em 1999, para o 15º lugar,
no ano passado. A lei seca a partir das 23h foi implantada
por lei em 2002.
"O combate à criminalidade começa com o
cumprimento das leis municipais. A prefeitura deve dar uma
demonstração para acabar com o problema dos
bares clandestinos, e não ficar contando com condições
preexistentes de pacto social para limitar o horário
de fechamento", disse o coronel da reserva José
Vicente da Silva, que também participou do projeto
em Diadema.
As informações são
do jornal Folha de S.Paulo, editoria Cotidiano.
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