literatura
04/08/2008

Flap! 2008 reúne artistas latino-americanos

Uma festa literária alternativa à de Paraty (RJ). Essa é a maior finalidade da Flap!, evento que neste ano chega a sua 4ª edição e acontece entre os dias 1 e 8 de agosto, em 20 pontos espalhados pela cidade de São Paulo (SP). Com o tema “Zona Franca - Viva la Conexión!", a feira adota como idioma oficial o portuñol, pois reúne artistas brasileiros e latino-americanos.

Héctor Hernandez Montecinos (do festival Poquita Fe, no Chile), Rodrigo Flores (Estoy Afuera, México), Jocelyn Pantoja e Alberto Trejo (Vértigo de Los Aires, México), María Eugenia López (editora do projeto Chicas de Bolsillo, da Argentina) são alguns dos nomes que estarão presentes no evento. Segundo a organização da festa, ao todo são mais de 20 artistas estrangeiros convidados.

“Estou muito contente de estar no Brasil e participar da 4ª edição da Flap!, que conta com a participação de poetas ativos que tratam de questões críticas. Aqui também reencontrei artistas amigos da Argentina, do México e do Chile, que participam de outros festivais literários do mundo”, diz, no bom portuñol, Alan Mills, artista da Guatemala, que participa pela primeira vez da Flap!.

Abrindo espaço para outras artes, por exemplo, os quadrinhos, e deixando bem claro seu interesse pela interação latino-americana, a 4ª edição da Flap! já começou há alguns meses pela Internet, onde os organizadores agendavam encontros abertos com transmissão ao vivo pelo sistema Ustream.tv.

A escritora Ana Rüsche, membro do coletivo Vaca Amarela, organizador da Flap!, diz que o tema da festa surge de uma relação do Brasil, e dos próprios organizadores do evento, com o mundo virtual.

“Praticamente toda a nossa comunicação, mobilização e divulgação de trabalhos são realizados pela Internet. ‘Viva La Conéxion’ é isso. A rede é um meio muito ativo, presente e eficiente. A Flap! continua e foi organizada na Internet. Usamos muito os blogs, o orkut, os messengers, e-mails, e este ano ainda temos a novidade de conferências transmitidas em tempo real”, explica.

Já o “portuñol”, segundo Ana, é uma brincadeira, que surge da demanda de convidados latino-americanos, “um grande avanço para nós, estamos muito felizes”.

Uma das novidades deste ano é que a festa literária conseguiu se descentralizar do eixo Paulista-Centro. “Antigamente, o evento acontecia somente na Casa das Rosas e no Espaço Satyros, na Praça Roosevelt. Hoje, estamos levando a feira para zonas mais periféricas e também para dentro das escolas, o cursinho da Poli, por exemplo”, explica a organizadora.

Histórico
A Flap! surgiu a partir de uma vontade dos estudantes de Direito e de Letras da Universidade São Paulo (USP). “Queríamos ir para a Flip, em Paraty, mas nunca tínhamos dinheiro, pois o evento é pago, é longe e a estadia também custa caro. Fizemos uma festa paralela, de graça, em parceria com o Satyros – companhia de teatro - e deu super certo. A feira ganhou repercussão. Nosso principal objetivo era atrair menos celebridades e fazer uma festa gratuita”, lembra Ana.

Hoje, o festival conta com muitos patrocinadores e parceiros, que expõem seus livros e também realizam leituras e debates. Durante o evento, o público também pode participar de oficinas de reciclagem e quadrinhos.



Para conferir a programação da Flap! 2008, acesse http://flap2008.wordpress.com/programacao-sp/

Vivian Lobato
Portal Aprendiz

   
 
   
 

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