.
              
 
HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
 

pós-graduação
05/01/2005
MEC prevê aumentar bolsas para doutores

BRASÍLIA. O novo Plano Nacional de Pós-Graduação prevê que o país forme 16 mil doutores em 2010, o dobro do que as universidades brasileiras formaram em 2003. Elaborado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o documento será apresentado hoje ao ministro da Educação, Tarso Genro.

O novo plano estabelece ações para o período de 2005 a 2010. Está previsto o aumento do número de bolsas de mestrado e doutorado concedidas pelo governo, o que exigirá mais investimentos. A idéia é ampliar gradativamente os gastos com bolsas, para que em 2010 o orçamento do setor tenha um acréscimo de R$ 528 milhões.

110 mil
Atualmente, a Capes e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) atendem a cerca de um terço dos 110 mil mestrandos e doutorandos do país, segundo o presidente do órgão, Jorge Guimarães. A meta até 2010 é ampliar esse número e conseguir dar bolsas para mais da metade dos pós-graduandos.

"É uma meta bem exeqüível, não tem nada de extraordinário. Já temos uma base boa", diz Guimarães.

Além de aumentar o número de mestres e doutores, o novo plano nacional quer que os cursos de pós-graduação atuem em sintonia com a política industrial e o comércio exterior. O objetivo é formar pesquisadores em áreas de ponta para desenvolvimento tecnológico, como biotecnologia, engenharias e novos materiais.

Segundo Guimarães, dos 8.094 doutores formados em 2003, apenas cerca de 12% atuam nas áreas das engenharias e computação. Ele acrescentou que, caso o país atinja a meta de formar 16 mil doutores por ano em 2010, continuará atrás de países como a Coréia do Sul, que já forma esse número de doutores atualmente, sendo que boa parte justamente na área tecnológica.

O plano trabalha com três cenários para a economia no período 2005-2010: pessimista, intermediário e otimista. Caso o cenário otimista prevaleça, a meta de formar 16 mil doutores poderá ser ampliada, com o financiamento de mais alunos de doutorado no exterior.

2004
Em 2004, segundo Guimarães, a Capes e o CNPq investiram cerca de R$ 800 milhões em bolsas e custeio das teses dos pesquisadores. O plano determina um acréscimo de R$ 88 milhões este ano, R$ 128 milhões em 2006 e R$ 200 milhões em 2007 até atingir R$ 528 milhões em 2010. Guimarães acredita que em 2006 já será possível formar 10 mil doutores ao ano, atingindo a meta do programa de governo do presidente Lula.

O documento registra os desafios e avanços da pós-graduação, cujo sistema de avaliação serve de referência até no exterior. Na última avaliação, divulgada em dezembro, 36 dos 1.819 cursos analisados foram reprovados e não poderão receber novos alunos.

Guimarães disse ainda que nos últimos 24 anos a produção científica brasileira ultrapassou a de países como Áustria, Bélgica, Finlândia, Noruega, Dinamarca eIsrael. Mas o país foi superado por concorrentes como Coréia do Sul, China e Espanha, que, hoje, formam mais doutores.


DEMÉTRIO WEBER
do jornal O Globo

   
 
 
 

NOTÍCIAS ANteriores
05/01/2005
49 museus terão R$ 5 milhões do BNDES
05/01/2005
Empresas devem pagar R$ 2 bi a mais com nova tributação
05/01/2005
Cobrança indevida de energia afeta 9,7 mi
05/01/2005
Coordenadora do Estado propôs criação de creches para atender jovens mães
04/01/2005
Com mais bolsas, Escola da Família recebe inscrições até dia 16
04/01/2005
Metade das prefeituras não conseguirá se adequar à LRF
04/01/2005
Cota de tela para filmes nacionais é de 35 dias/ano
04/01/2005
País fecha ano com recordes na balança
03/01/2005
Na esteira do PIB, emprego cresce até 3,6% no ano, dizem analistas
03/01/2005
Desarmamento entra em nova fase