BRASÍLIA. Na rede de ensino superior do Brasil, as
mulheres já respondem por 56% das matrículas.
E vão muito além disso. Nos municípios
de Amélia Rodrigues (BA) e Santo Antonio do Monte (MG),
todos os universitários eram mulheres no ano passado,
segundo levantamento divulgado ontem pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão
do Ministério da Educação responsável
pelo Censo da Educação Superior 2003.
Ontem, a diretora-executiva do Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), Carol Bellamy, cobrou
mais empenho mundial em direção às metas
de educação determinadas, em 2000, por mais
de 160 países. Entre elas, a garantia de igualdade
de acesso de meninos e meninas à escola até
2005.
"Não vamos atingir a meta mundial de paridade
entre gêneros até 2005, mas sabemos o que fazer
para avançar mais rapidamente. Não há
desculpas", afirmou Carol Bellamy.
Ela também elogiou os programas brasileiros de transferência
de renda e defendeu investimentos tanto em assistência
social quanto em educação. Bellamy, que veio
a Brasília participar da 4 Reunião Mundial de
Educação para Todos da Organização
das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (Unesco), fez menção
ao Bolsa Escola, que no ano passado deu lugar ao Bolsa Família.
"Este programa criou um movimento mundial de se pensar
nesse tipo de investimento. Acho que o Brasil deve ser visto
como líder e levar o crédito por isso
disse Carol Bellamy".
DEMÉTRIO WEBER
do jornal O Globo
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