SÃO
PAULO - O número de profissionais de segurança
privada atuando no estado de São Paulo é hoje
praticamente três vezes maior do que o efetivo de policiais
nas ruas, conforme dados da Federação Nacional
das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist).
De acordo com os últimos dados disponíveis
da Fenavist, de 2003, há 114 mil seguranças
particulares trabalhando regularmente no estado. Outro levantamento
da federação estima que o número de clandestinos
seja de 300 mil. Já os efetivos das policias Militar
e Civil somam 130 mil, conforme informações
da Secretaria da Segurança Pública. Isso quer
dizer que os vigilantes ilegais são mais do que o dobro
dos homens atuando nas duas corporações policiais.
O setor privado de segurança movimentou cerca de R$
2,1 bilhões no ano passado e deve crescer 2% este ano,
afirma José Jacobson Neto, presidente do Sindicato
das Empresas de Segurança Privada, Eletrônica,
Escolta e Cursos de Formação (Sesvesp).
O setor não cresce mais, declara Jacobson Neto, devido
ao grande número de empresas clandestinas. A Polícia
Federal, encarregada de fiscalizar o funcionamento dessas
empresas, afirma que há cerca de 300 delas atuando
regularmente em São Paulo. O Sesvesp estima que o número
de clandestinas seja três vezes maior. A PF diz não
ter informações sobre as firmas irregulares.
Conforme os especialistas, as empresas clandestinas costumam
vender seus serviços por até 20% do que é
cobrado pelas empresas regulares.
"Um posto de vigilância que funciona 24 horas,
com quatro homens que se revezam em turnos, custa R$ 9.000
por mês. As clandestinas cobram R$ 1.500", afirmou
Jacobson Neto.
Mais grave, segundo o sindicato, é a falta de qualificação
dos funcionários das firmas clandestinas. Além
de não passarem por cursos de formação,
os vigilantes irregulares não têm seu passado
criminal verificado, declara a entidade.
As informações são
do jornal O Globo.
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