ambiente
29/04/2008

Butantã se une para aprovar lei de construção de parque

Comunidade aguarda a entrega do local; Estado diz que não há prazo para conclusão de obra


Keila Baraçal

A comunidade do bairro do Butantã, na cidade de São Paulo, em parceria com a Escola Municipal Teófilo Ottoni, no Parque Ipê (zona oeste), conseguiu impedir a devastação de mais de 1,3 milhões de metros quadrados de mata atlântica. A finalidade da batalha, que começou em 2003, era mostrar às autoridades o quanto que aquele espaço seria útil como parque ecológico. No entanto, o sonho de um local com espaço verde estagnou quando restava o último passo – a construção, propriamente dita. O fato é que o governo estadual já repassou a verba de R$ 5 milhões para a construção do espaço.

Preocupada com a educação e também com a qualidade de vida das pessoas, a coordenadora da escola Maria Cristina Franco, acompanha toda a trajetória de idealização do parque. Ela explica que, para conseguir que o local fosse de fato efetivado foram necessárias algumas fases. Uma delas foi concentrar esforços para manter a preservação. “Os prédios da CDHU [projeto inicial do governo do Estado] não poderiam ser construídos lá, porque a mata desapareceria”. A outra, seria a solidificação do projeto ecológico do parque Tizo (Terrenos Institucionais da Zona Oeste)

De forma geral, o parque tem dimensão calculada em ser duas vezes maior que a do parque Ibirapuera e atinge parte das cidades de São Paulo, Cotia e Osasco. A idéia da implementação do lugar consiste em preservar a mata já existente. Há plantio de jequitibá, pau-brasil, jacarandá, figueiras, entre outras espécies. Existe um pedaço que já sofreu o processo de desmatamento, mas isso não é motivo de desespero, pois, segundo a coordenadora, reaproveitarão a área para a construção de banheiros e salas de palestras.

No mês que vem, alunos da escola farão um passeio para reconhecimento do espaço – algo que já fazem anualmente. Através do chamado Estudo do Meio, aplicarão os conceitos de biologia e geografia. “Muita gente quando nos ouve falar, acha que o lugar é um parquinho, mas se engana quando vê o tamanho dele”, concluiu Maria Cristina.

Resposta
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente informou não há um prazo definido para inauguração. O primeiro passo para a edificação do parque foi cercá-lo. Houve também a contratação de funcionários para fazer a vigilância dele. A próxima fase será a construção de um tratamento local de esgoto.

   
 
   
 

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