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Classe deve ser sala de leitura

da Folha de S.Paulo

O que mais surpreende ao acompanhar uma aula de 1ª série do 1º grau em uma escola que valoriza desde cedo a inserção das crianças no mundo da leitura e da escrita é o repertório de textos que elas já têm aos 7 anos.

A própria sala de aula demonstra isso. Nas paredes estão pregados recortes de jornal, listas de palavras, de nomes, redações extensas de alunos _uma quantidade variada de informações com as quais as crianças já tiveram contato.

Uma boa aula de português hoje, para essa faixa etária, é completamente diferente da que tiveram as gerações com mais de 30 anos.

Não se usam mais aquelas frases tipo "O Ivo viu a uva" ou "A babá brinca com o bebê". Por outro lado, além de livros, há muito gibi da "Mônica" e do "Tio Patinhas" nas salas de aula _o que já foi impensável.

O básico é ler e contar histórias. Quanto mais, melhor. Essa prática habitua as crianças a diferentes tipos de texto.

Depois da leitura, a atividade é em geral reconstruir a história. "Como é que começa um conto de fadas?", pode perguntar a professora a uma roda de crianças. "Era uma vez...", responde uma aluna. "Em uma terra distante, muito tempo atrás...", tenta outra.

O mesmo acontece com notícias de jornal _escolhidas de acordo com interesses identificados na turma. Algumas crianças de 1ª série já sabem que o "lead" (primeiro parágrafo) de uma reportagem deve responder às perguntas quem, quando, onde, como e por quê.

Só depois da análise da estrutura do texto é que se parte para o trabalho mais detalhado com a ortografia _e, em algumas escolas, com a caligrafia.

O resultado é que hoje, aos 7 anos, as crianças não apenas sabem ler e escrever, como já estão montando livros e jornais com seus próprios textos.

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 FRASES
"A tendência é investir cada vez mais em formação. As crianças recebem muita informação fora da sala de aula"
(Sylvio Gomide, presideten do Grupo - associação de escolas particulares)

"Escola forte ou fraca não existe. O que existe são escolas que priorizam o conteúdo e escolas que privilegiam atividades que estiumulam o pensamento autônomo"
(Glaura Fernandes, psicopedagoga)

"Guiar-se pela objetividade e praticidade do mundo moderno e escolher uma escola pela localização é um equívoco"
(Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha)

"Até a 4ª série uma escola competente instrumentaliza o aluno a ler e entender e, depois, a expressar-se. Depois, na 5ª série, os professores ensinam o conteúdo de cada matéria"
(Aércio Lombardi, diretor do Colégio Rousseau)




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