"Sou seu aliado", diz vice-presidente da Colômbia a vencedora do Empreendedor Social 2009

CÁSSIO AOQUI
DA FOLHA DE S.PAULO, EM CARTAGENA

"A partir de hoje, considere-me um aliado seu."

Como cofundadora e líder da terceira maior ONG ambiental brasileira, o Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas), a educadora Suzana Padua sabe que essa frase, ainda que recorrente em quase 20 anos de luta por avanços socioambientais no Brasil, é o primeiro passo para importantes transformações em sua área de atuação.

Na manhã desta quinta-feira (8), a vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2009 tornou a receber apoio -dessa vez, quem lhe estendeu a mão e o cartão de contatos foi o vice-presidente da Colômbia, Fernando Santos, com quem discutiu políticas públicas na área socioambiental no painel "Aumentando Retornos em Investimento Social", no Fórum Econômico Mundial na América Latina, que termina hoje em Cartagena.

No painel, Suzana apresentou o trabalho realizado pelo Ipê desde sua fundação, em 1992, à época constituído por ela e por seu marido, o biólogo Claudio Padua, que trabalhava pela preservação do mico-leão-da-cara-preta. Hoje, a ONG conta com cerca de cem colaboradores e mais de 10 mil beneficiários em seis áreas do Brasil.

Como Empreendedora Social de Destaque da Fundação Schwab, a educadora foi convidada a apresentar a metodologia Ipê -em que se começa o trabalho por meio de pesquisa e preservação de uma espécie ameaçada de extinção, estendendo iniciativas para o foco no envolvimento comunitário, por meio da educação ambiental e da geração de renda e conhecimento- a um público seleto de empreendedores sociais, políticos de alta hierarquia, membros de organizações multilaterais, empresários e executivos

"Para o resultado efetivo, é preciso mudar a mentalidade da pobreza. Não importa quanto dinheiro é investido. Se não se empoderam as pessoas, tudo volta à situação anterior assim que o investimento deixa de existir", enfatiza.

Ao lado de Suzana, outros Empreendedores Sociais de Destaque latino-americanos apresentaram seus projetos: Martín Burt, da Fundación Paraguaya, que trabalha com educação, no Paraguai; David Gaus, da Andean Health and Development, com foco em saúde, no Equador; e Anne Hastings, diretora-executiva da Fonkoze, cujo foco é a oferta de microfinanciamentos no Haiti.

Posteriormente divididos em grupos menores de discussão -ambiente, saúde, educação e microfinanças-, os empreendedores sociais debateram como obter indicadores qualitativos e quantitativos de mensuração de resultados e fatores-chave para aumentar o impacto social.

"Há quatro elementos essenciais a que os empreendedores sociais e seus parceiros devem atentar em seus trabalhos: a necessidade de ter uma meta clara, a importância de medir o impacto, buscar permanentemente a sustentabilidade de seus projetos e, por fim, obter resultados almejados, sem os quais nada vale a pena", resumiu a vice-presidente para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial, Pamela Cox.

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