Estudo do Ceats traça perfil do bullying nas escolas

DE SÃO PAULO

O Ceats (Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor) realizou um estudo sobre as situações de violência e o fenômeno de bullying em escolas brasileiras. A pesquisa foi encomendada pela Plan, ONG de origem inglesa, e servirá de base para ações da campanha "Aprender sem Medo".

O estudo procurou identificar episódios de violência e maus-tratos no ambiente escolar. A ênfase recaiu sobre o contexto em que tais situações acontecem, as motivações, os perfis dos praticantes e das vítimas, as consequências dessas situações para os envolvidos e sobre as ações dos estabelecimentos de ensino.

Foram selecionadas cinco escolas de cada uma das cinco regiões geográficas do país, sendo 20 públicas municipais e cinco particulares. Quinze estão localizadas em capitais e dez, em municípios do interior. Participaram do estudo 5.168 alunos.

A pesquisa mostra que o bullying é mais comum nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e que a incidência maior está entre os adolescentes na faixa de 11 a 15 anos de idade e alocados na sexta série do ensino fundamental.

De acordo com o estudo, 34,5% dos meninos pesquisados foram vítimas de maus-tratos ao menos uma vez no ano letivo de 2009, sendo 12,5% vitimas de bullying, caracterizado por agressões com frequência superior a três vezes.

O levantamento aponta que os maus-tratos acontecem com maior frequência na sala de aula e no pátio do recreio, espaços da escola com boa visibilidade e nos quais o controle da violência entre alunos, por parte de professores e funcionários, deveriam ser mais eficientes.

A amostra pesquisada revela que a principal reação a maus tratos sofridos no ambiente escolar é: "Nada fiz e fiquei magoado", representando 6,6% das respostas. Esse tipo de comportamento acaba estimulando a repetição da violência à medida que preserva os agressores.

Já a segunda alternativa mais citada é "eu me defendi", com pouco mais que 6% das respostas, o que sugere que uma parcela dos alunos tende a tentar resolver seus conflitos sem recorrer aos pais, e, principalmente, a professores e diretores.

A campanha "Aprender sem Medo" pretenderá alertar e orientar estudantes, pais, gestores e docentes escolares, bem como a sociedade civil como um todo, sobre a ocorrência de bullying, as formas de reduzir sua frequência e as graves consequências que pode provocar para as pessoas envolvidas, as instituições de ensino e o próprio processo de formação e de consolidação da cidadania.

A pesquisa completa pode ser acessada por meio do site do Ceats.

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