Formação de redes é discutida durante 2º Fórum de Empreendedorismo Social

SILVIA DE MOURA
DE SÃO PAULO

Silvia Zamboni/Folhapress
Claudio Pádua durante apresentação no 2º Fórum de Empreendedorismo Social
Claudio Pádua, do Instituto de Pesquisas Ecológicas, fala sobre ações conjuntas durante o 2º Fórum de Empreendedorismo Social

O 2º Fórum de Empreendedorismo Social, parceira da Folha e da Sator, discutiu a formação de redes para cooperação e geração de resultados. O evento aconteceu na Fecomercio, em São Paulo, em paralelo ao Seminário Unomarketing - Comunicação Consciente.

Na mesa Modelos de Colaboração Empreendedora, Gilberto Dimenstein, colunista da Folha e criador da Oscip Cidade Escola Aprendiz, disse que não há nenhuma boa ideia sem que não exista a diluição de seus autores. "Uma pequena ideia só vira grande quando você deixa de ser o centro dela." E complementou: "Toda boa ideia, que é relevante e singular, mais cedo ou mais tarde, irá receber patrocínio".

Ele lembrou que os empreendedores socias não têm a cultura colaborativa. "A gente não é treinado em tecnologia de rede." Ele também fez uma crítica às ONGs que, às vezes, repetem os mesmos vícios dos governos e não dão continuidade a ações de gestões anteriores que efetivamente deram certo.

Para o biólogo Rodrigo Castro, da Associação Caatinga, finalista do Prêmio Empreendedor Social, o esforço colaborativo requer objetivo claro, motivação compartilhada, papéis bem definidos, planejamento e comunicação. "Sem trabalhar em rede nunca vamos ganhar escala para efetivar a mudança. Sem as redes, ficamos sós e incapazes."

Henrique Vedana, do The Hub, disse que a internet permitiu que as pessoas encontrassem "tribos". "Trabalhar em rede hoje não é mais uma opção, uma inovação, é de fato uma realidade. Hoje está claro que as ideias nascem de forma colaborativa. O que a gente tem em conjunto é muito maior do que tem na individualidade."

No espaço aberto sobre a importância da comunicação para o empreendedorismo social, Lourenço Bustani, da Mandalah, afirmou que sem comunicação não há diálogo. E apontou alguns caminhos promissores para que as propostas sejam entendidas: forte apelo de design, discurso não-impositivo, ser acessível, motivante, lúdico, colaborativo e ter transparência.

"Abraçar causa nobre não é coisa de ativista. Acredito que todo mundo tem um viés de empreendedor social, está na hora de aparecer."

Ações conjuntas

Cláudio Padua, fundador do Ipê e vencedor do Prêmio Empreendedor Social 2009, e Valdir Cimino, da ONG Viva e Deixe Viver e finalista 2008, contaram suas experiências sobre o resultado de ações conjuntas. Padua disse que nos primórdios do Ipê teve a cooperação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

"O empreendedor social já traz na sua natureza o cooperativismo. Eu acredito muito nas redes quando têm propósito e metas, prazo para acontecer", afirmou Nicolau Priante Filho, da Coorimbatá e finalista 2009, que participou da mesa sobre o ponto de mudança para que empreendedores compartilhem projetos e esforços.

Silvia Zamboni/Folhapress
Claudia Cotes durante apresentação no 2º Fórum de Empreendedorismo Social
Cláudia Cotes, da Vez da Voz, durante apresentação

No momento inspirador de Cláudia Cotes, da ONG Vez da Voz e finalista 2009, a fonoaudióloga levou ao palco dois intérpretes de libras, a língua brasileira de sinais.

Para ela, as pessoas estão pensando muito em tecnologias, mas se esquecendo de pensar no ser humano. "Hoje você faz comunicação para quem enxerga, ouve e anda. Só vamos ser bons quando todos entenderem a mensagem."

Também participaram do fórum representantes do Santader e da Petrobras, Marcelo Estraviz, da Associação Brasileira dos Captadores de Recursos, Rodrigo Rubido, do Instituto Elos, e Luiz Bouabci, do Mob Consult.

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