Comunicadores ressaltam importância da conscientização

Participantes de fórum destacaram papéis dos indivíduos e do poder público

MARIANA IWAKURA
DA FOLHA DE S.PAULO

"Consciência" foi uma das palavras-chave do primeiro painel do Unomarketing Comunicação Consciente - Feira e Seminário Internacional de Marketing Sustentável. O termo se refere tanto à consciência interna como à conscientização do outro da empresa, do público, dos "stakeholders" no desenvolvimento de um planeta mais sustentável.

O painel "Além da Redação: Estou Comprometido com a Minha Responsabilidade Pessoal?" ocorreu ontem (2/6), primeiro dia do evento, na Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

A expressão engloba também as responsabilidades dos profissionais de comunicação na disseminação dessa consciência.

"Fazer uma comunicação consciente é também contribuir para a conscientização dos públicos", disse Eraldo Carneiro, gerente de planejamento e gestão de comunicação da Petrobras. O executivo acrescentou que os comunicadores têm também o papel de educadores. "Não é só comunicar fatos e reproduzir a realidade, mas contribuir para transformar essa realidade."

O indicado ao Prêmio Nobel da Paz Jaime Jaramillo, ou Papa Jaime, da fundação colombiana Niños de los Andes, destacou que "as empresas creem que responsabilidade social é só cumprir um regulamento". Ele ressaltou, no entanto, que não se deve prestar tanta atenção à palavra e sim à ação, inspirando outros para que protejam o ambiente.

Albert Alcoulumbre Junior, diretor de planejamento e projetos sociais da Central Globo de Comunicação, lembrou o papel das políticas públicas para disseminar o acesso à informação. "O Brasil tem um déficit abissal na educação. Tem legião de milhões que estão à margem do ensino. Sem isso não há possibilidade de se ter consciência, mobilização, cidadania."

"Decência"

"Na minha profissão, a ideia de consciência não combina com a ideia de criatividade", disse Christina Carvalho Pinto, sócia-presidente do Grupo Full Jazz. "Para ganhar a piada, a gente perde a decência em relação ao outro."

Essa conclusão veio com o questionamento da profissional em relação ao ciclo do mercado publicitário. Ela contou ter percebido que, ao mexer com essa cadeia produtiva, os impactos iam além da agência e do cliente _alteravam também o planeta. "Comecei a perguntar quais eram os efeitos das minhas ideias sobre outras ideias, considerando que o outro e eu somos um só."

Hoje, disse Christina, ela se concentra na busca pelos heróis, na contramão da maior parte da mídia, que se interessa em mostrar o assassino. Mas a busca teve seu preço. "Mergulhei nos esgotos de mim mesma, o que me custou saúde, me custou me deixar morder por muito ratos."

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