Consumidor
ganha bem, é jovem, escolhe cachorro pelo gosto e confia no produto
da
Folha Online
Ana
Ottoni - 13.jan.1994/Folha Imagem
|
|
A
partir da esquerda, Marcelo Gamma, Leandro Gasulla e José
Mauro Delella comem cachorro-quente na USP (Universidade de
São Paulo) |
A nutricionista
Alessandra Lucca realizou, entre outubro de 1998 e maio de 1999, uma
pesquisa com 134 consumidores e 35 vendedores de cachorro-quente da
cidade de São Paulo. O trabalho (dissertação de mestrado) levantou,
entre outros dados, as principais características dos dois grupos.
Ao contrário do que poderia se pensar, boa parte das pessoas que comem
cachorro-quente nas ruas da capital ganha bem (33,6% ganham de R$
755 a R$ 3.020) e opta pelo produto mais por causa do sabor (39,6%)
do que pelo baixo custo (38,1%).
Quanto a idade, mais da metade dos pesquisados (59,7%) tem até 25
anos; quanto a segurança em consumir o dogão, 75,4% não vêm possíveis
riscos para a saúde, dependendo do local de compra. Confira abaixo
os principais dados da pesquisa. (RD)
O
CONSUMIDOR
|
|
Faixa
etária |
Quanto
ganha |
Até
18 anos |
25,4%
|
Até
1 salário mínimo |
0,7% |
19
a 25 anos |
34,3% |
Mais
de 1 a 2 salários mínimos |
9,7% |
26
a 30 anos |
16,4%
|
Mais
de 2 a 3 salários mínimos |
22,4% |
31
a 40 anos |
17,9% |
Mais
de 3 a 5 salários mínimos |
22,4% |
41
a 50 anos |
3% |
Mais
de 5 a 10 salários mínimos |
26,1% |
51
a 60 anos |
1,5% |
Mais
de 10 a 20 salários mínimos |
7,5% |
61
a 65 anos |
1,5% |
Sem
rendimento |
11,2% |
|
Frequência |
Substituem
por refeição |
1
vez por semana |
16,4% |
Troca
pelo almoço |
72,4% |
2
vezes por semana |
14,2% |
Não
troca pelo almoço |
27,6% |
3
vezes por semana |
26,1% |
Troca
pelo jantar |
9,7% |
4
vezes por semana |
3,7% |
Não
troca pelo jantar |
90,3% |
de
segunda a sexta (todos os dias) |
19,4% |
|
|
Motivo
de consumo |
Quantidade
consumida |
Custo |
38,1% |
Um |
60,4% |
Rapidez
|
38,8% |
Dois |
24,6% |
Praticidade |
23,1% |
Três |
0,7% |
Qualidade |
14,2% |
Um
a dois |
14,2%
|
Sabor |
39,6% |
|
Hábito |
4,5% |
|
Outros |
3,7% |
|
|
Considera
o cachorro-quente saudável (do ponto de vista nutricional) |
Considera
o cachorro-quente seguro (com relação à higiene) |
Sim
|
42,5%
|
Sim,
mas depende do local |
75,4% |
Não |
57,5% |
Não |
24,6% |
|
O
VENDEDOR
|
|
95%
dos vendedores oferecem purê |
100%
das barracas tinham pombas em volta |
30%
dos estabelecimentos tinham condições de higiene consideradas
péssimas ou regulares |
|
Número
de cachorro-quentes vendidos por dia |
Tipo
de ponto |
até
40 |
25,7% |
Automóvel
tipo Van adaptado |
40% |
de
41 a 60 |
14,3% |
Carrinho
(móvel) |
28,6% |
de
61 a 80 |
22,9% |
Barraca
(fixo) |
17,1% |
de
81 a 110 |
11,4% |
Automóvel
de passeio adaptado |
11,4% |
de
111 a 150 |
8,5% |
Kombi |
2,9% |
de
151 a 200 |
11,4% |
|
de
201 a 300 |
2,9% |
|
de
301 a 400 |
2,9% |
|
|
Já
teve algum treinamento sobre higiene de alimentos |
Possui
licença para exercer a profissão |
Sim |
25,7% |
Sim |
17,1% |
Não
|
74,3%
|
Não |
82,9% |
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