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CULTURA
A milenar cultura coreana valoriza o conhecimento, o esforço e a dedicação e tem na natureza um de seus pilares. Desde a antiguidade, o povo local refere-se a suas paisagens como geumsu gangsan ("tapeçaria dourada de rios e montanhas"). Um dos principais símbolos nacionais é a rosa de Sharom (mugunghwa). Como não murcha rapidamente, a flor de beleza sutil é sinônimo do intrépido espírito dos sul-coreanos.
Como qualquer país do mundo, o clima molda muito do estilo de vida local, desde a vestimenta, a comida e as residências, que se adequam ao rigoroso inverno e ao forte calor.
A "bandeira yin-yang" da República da Coréia remete à influência filosófica na população. O fundo branco representa a paz e a pureza e vem das tradicionais vestes brancas usadas pelas pessoas mais simples. O símbolo yin-yang, em vermelho e azul, simboliza a eterna dualidade da qual toda a vida extrai sua existência. Os traços ao seu redor reproduz o céu, a terra, o sol, a lua e suas derivações filosóficas.
Dividida ideologicamente, as Coréias do Sul e do Norte possuem 70 milhões de habitantes. A sede da Copa conta com 47 milhões, dos quais 10 milhões vivem em Seul.
Residências
O tradicional lar coreano segue concepções naturalista e, como na maioria dos países, sócio-cultural. A escolha de uma construção ou uma sepultura é baseada na crença de que uma invisível força do bem ou do mal, chamada gi, é gerada pela configuração topográfica.
São levadas em consideração as energias positiva e negativa do yin e yang para ser criada uma harmonia, atraindo o bem-estar e repelindo o danoso. Essa doutrina é aplicada para determinar os terrenos apropriados para as casas, a direção para onde elas devem estar viradas, a forma que elas devem ter e quando elas devem ser construídas, por exemplo.
Os pré-requisitos básicos são os de que a casa deve ser construída de costas para uma montanha, e o lado sul deve receber o máximo de luz do sol. Por causa do clima continental, quente e úmido no verão e muito frio no inverno, as casas combinam um hall de entrada com piso de madeira para o verão e quartos forrados, com sistema de aquecimento sob o piso, para o inverno. Os materiais utilizados para construção são madeira, argila, telha, tijolo, pedra e palha, que eles usam de acordo com a localização, se na cidade, campo, praia ou montanha.
Vestuário tradicional
A tradicional vestimenta é o hanbok. Em sua versão de inverno, é forrada com algodão, e as calças são presas com faixas nos tornozelos para preservar a temperatura do corpo. A roupa de verão é de fibra de cannabis sativa engomada ou de um tipo de planta que facilita a penetração do ar e aumenta a dispersão do calor do corpo.
O hanbok geralmente consiste de calças ou saia, uma jaqueta e uma túnica. Outro detalhe é um ponto para a fixação do chapéu (gwanmo).
O status social determina as variações dessa vestimenta. A da classe dominante, inclusive a realeza, são impressionantes, possuem com insígnias decoradas na frente e nas costas e são adornados com colares, braceletes, anéis e outras jóias. As pessoas comuns restringem-se à jaqueta e às calças desbotadas, geralmente sem cor _daí a denominação de "povo coberto de branco".
O hanbok ainda varia de acordo com a ocasião: traje diário, formal, como o primeiro aniversário de uma criança, o casamento e o funeral, e propósitos especiais, como danças e rituais xamanísticos.
Jardins
Em todo o leste asiático, a jardinagem tem fundamental importância cultural há séculos e é influenciada pelo taoísmo, com ênfase na natureza e no mistério. Enquanto os chineses tentam criar um microcosmos, e os japoneses procuram agradar ao olhar, os jardins coreanos evitam artificialidades e buscam a apreciação da natureza como ela é e integram construções e pessoas.
O lago de lótus é um importante componente. Em locais de declive, essas plantas aquáticas costumam ser cultivadas em um pequeno lago de pedras. Onde há correnteza, um pavilhão é construído ao lado apenas para se apreciar a movimento da água.
Os jardins de casas, palácios e templos diferem uns dos outros levemente em estilo, mas são todos baseados nos mesmos princípios.
Taekwondo
O esporte transformou-se em uma das mais populares artes marciais do mundo e tornou-se modalidade olímpica em 1982, quando a capital sul-coreana abrigou o evento. A palavra é composta por três partes: tae quer dizer pé, kwon significa punho ou luta e do é modo ou disciplina.
Juntas formam os dois conceitos. Primeiro, taekwondo é a maneira correta de usar os pés e os punhos (ou todas as partes do corpo representadas por punhos e pés). Segundo, é a maneira de controlar ou apaziguar lutadores e preservar a paz.
Dessa maneira, a doutrina ultrapassa os golpes físicos e a auto-defesa. É uma disciplina que mostra maneiras de elevar o espírito e a vida através do treinamento do corpo e da mente.
Música e Dança
A música tradicional pode ser classificada em real (ou imperial) e folclórica. A primeira é lenta e solene, enquanto que a popular tende a ser emocional e vibrante. Já as danças tradicionais são divididas em três categorias: real (ou imperial), popular e religiosa. Confira as mais conhecidas:
P'ansori - A narrativa dessa música popular descreve uma longa e dramática história;
Samulnori (dança rural) - Significa "quatro instrumentos" (kwaengwari, jing, janggu, e buk). Com raízes nas músicas budista e rural, o estilo tem mudado através dos anos e se desenvolvido de diferentes maneiras e variam de acordo com o contexto;
Sandaenori (dança da máscara) - Popularizada há cerca de 200 anos, essa dança contém alguns elementos budistas e xamanistas, mas às vezes satiriza a burguesia. As máscaras são minuciosamente desenhadas para que possam representar diferentes emoções _a expressão do rosto muda de acordo com o ângulo de visão.
Madangnori - Similar aos musicais ocidentais;
Dança do Leque - Popular estilo que reúne várias mulheres dançando e combinando seus vastos leques em elegantes formas e desenhos;
Dança do Tambor - Músicos dançam e giram ao redor dos tambores que tocam, mantendo o ritmo;
Bolos de arroz (deok)
O formato, o conteúdo e as cores variam de uma região para outra e são servidos em ocasiões festivas e de pesar com amigos, familiares e vizinhos. Quando estes se reúnem para dividir os tradicionais bolos, estendem sua cordialidade e espírito fraternal para outras pessoas da comunidade.
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