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Libertadores
HISTÓRIA

 Questão de tradição
29.06.2001/Reuters
O craque Riquelme, do Boca, é carregado na final do ano passado

A Taça Libertadores é o mais importante torneio de futebol interclubes da América do Sul. O primeiro campeonato foi disputado em 1960 com o objetivo de escolher o representante sul-americano para a decisão do Mundial interclubes contra o vencedor da Copa dos Campeões da Europa. A 43ª edição começa a ser disputada no dia 5 de fevereiro e o segundo jogo da final está marcado para o dia 31 de julho. O Boca Juniors é o atual bi-campeão do torneio.

O Peñarol, do Uruguai, foi a primeira equipe a conquistar o título da competição, em 1960, mas o domínio é dos clubes argentinos, com 19 campeonatos. O Independiente, da Argentina, o maior vencedor, ganhou sete torneios.

O nome da taça é uma homenagem aos homens que lutaram pela independência dos países sul-americanos. Repetindo a fórmula dos dois últimos campeonatos, a edição deste ano será disputada por 32 equipes de 10 países. Os mexicanos Morélia e América conquistaram a vaga ao eliminar os venezuelanos Caracas e Trujillo no quadrangular pré-Libertadores.

 O domínio de brasileiros e argentinos
16.06.1999/Folha Imagem
Em 1999, o Palmeiras, do capitão César Sampaio, conquistou o título

Os clubes brasileiros e argentinos não deram oportunidade para seus rivais na última década do torneio. O domínio é total: foram seis títulos para o Brasil e quatro para a Argentina.

O São Paulo ganhou o bicampeonato de 92 e 93; Grêmio (95), Cruzeiro (97), Vasco (98) e Palmeiras (99) também triunfaram. Os argentinos festejaram com Vélez Sarsfield (94), River Plate (96) e Boca Juniors (2000 e 2001).

A última vez que um clube de outro país quebrou a sequência de brasileiros e argentinos foi em 1991, quando o Colo Colo, do Chile, derrotou o Olimpia, do Paraguai, na decisão. Houve empate de 0 a 0 no primeiro jogo e vitória chilena por 3 a 0, em Santiago.

 Quatro brasileiros disputam a competição
23.12.2001/Folha Imagem
Campeão brasileiro, o Atlético-PR volta a disputar a Libertadores

O Brasil será representado por quatro equipes na Libertadores de 2002: Grêmio (campeão da Copa do Brasil), Flamengo (Copa dos Campeões), Atlético-PR (Campeonato Brasileiro) e São Caetano (vice brasileiro).

O Grêmio foi campeão duas vezes, em 1983 e em 1995, ano em que contou com o artilheiro da competição, Jardel, com 12 gols. O Flamengo levantou a taça apenas uma vez, em 1981. Três jogadores do clube carioca foram goleadores da competição: Zico, em 1981, com 11 gols, Tita, em 1984, com oito, e Gaúcho, em 1991, também com oito.

Atlético-PR e São Caetano disputam o torneio pela segunda vez. O time paranaense participou da edição de 2000 e o São Caetano foi um dos representantes brasileiros em 2001.

 Boca Juniors briga pelo quinto título
16.09.2001/Reuters
Serna (à esq.) é um dos destaques do Boca para a edição deste ano

O Boca Juniors é um dos favoritos para conquistar a Libertadores de 2001. Atual bicampeão do torneio, os argentinos lutam por seu quinto título -também venceram em 1977 e 1978.

Não será uma tarefa fácil, mas, caso vença, o Boca se igualará ao Peñarol e será o segundo maior recordista de títulos da Libertadores. As duas equipes só perdem para o Independiente.

O meio-campista Juan Riquelme foi mantido no elenco, mas o goleiro Oscar Córdoba foi negociado com o Perugia (Itália) enquanto o influente técnico Carlos Bianchi deixou o clube após o final do seu contrato, no dia 31 de dezembro de 2001. O novo treinador é o uruguaio Oscar Tabarez.

 O recordista de títulos
Folha Imagem
Em 74, Manuel Sá foi campeão graças a um gol de Pavoni (à esq.)

O jogador com o maior número de conquistas na Taça Libertadores é o ex-zagueiro argentino Francisco Pedro Manuel Sá, que nasceu na cidade de Formosa, no dia 25 de outubro de 1945.

Pelo Independiente, ele foi campeão em 1972, 73, 74 e 75. Depois, foi negociado com o Boca e conquistou o bicampeonato de 1977 e 78.

No total, o defensor disputou sete Libertadores e foi derrotado em apenas uma, em 1979, quando o Boca perdeu a decisão para o Olímpia, do Paraguai.

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