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A
ÁFRICA
Os Jogos de
Roma-1960 assistem a ascensão olímpica do continente africano,
em ano que coincide com a independência de Nigéria, Zaire
e outros 15 países. Um dos grandes nomes da Olimpíada é
o etíope Abebe Bikila, um pracinha da guarda imperial que correu
descalço sobre o calçamento de pedras da Via Appia e bateu
a melhor marca da prova em quase oito minutos. Na Olimpíada seguinte,
em Tóquio, o primeiro atleta da África negra a vencer a
maratona ganharia novamente o ouro melhorando os tempos olímpico
e mundial, desta vez correndo de tênis. Herói para os etíopes,
Bikila foi quase beatificado depois que ficou paralítico, consequência
de um grave acidente automobilístico. Sua casa virou ponto turístico
e até de romaria para mulheres, crianças, soldados e atletas.
AGÊNCIA MUNDIAL ANTIDOPAGEM
Órgão
criado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para realizar
exames por amostragem na Vila Olímpica de Sydney às vésperas
da abertura dos Jogos, dia 15 de setembro. A iniciativa, inédita
em toda a história do evento, mostra o engajamento da Austrália
na questão. O país-sede possui um dos controles mais rigorosos
do mundo para atletas. Até o início das competições,
a delegação australiana deverá, em sua totalidade,
já ter sido submetida ao teste. Cerca de 800 atletas devem ser
testados de 2 a 15 de setembro na Vila. Até Atlanta-1996, os exames
eram feitos pela federação internacional responsável
pela competição. Durante os Jogos, a agência vai realizar
mais cerca de 2.000 testes, sempre a partir de coleta de urina e de sangue.
AMADORISMO
Ao
criar os Jogos Olímpicos da era moderna, o Barão de Coubertin impedia
a participação de trabalhadores, por considerar que só quem não recebia
dinheiro para viver seria “puro” o suficiente para carregar a bandeira
do amadorismo e corresponder às tradições dos Jogos. A ideologia na verdade
era considerada elitista, porque não permitia a participação de atletas
vindos de classes baixas. À medida que o esporte e a Olimpíada se popularizaram,
o amadorismo foi dando lugar a um profissionalismo disfarçado. O primeiro
caso a ganhar relevância foi em Estocolmo-1912, quando o índio norte-americano
Jim Thorpe teve confiscadas suas medalhas de ouro no pentatlo
e no decatlo por ter recebido US$ 20 para jogar beisebol. A punição só
foi revogada em 1982. Com a separação do mundo em blocos, a partir da
Segunda Guerra Mundial, o falso amadorismo assumiu duas facetas: a dos
atletas sustentados pelos Estados comunistas e a dos financiados às escuras
no lado ocidental. Depois de muita pressão, em 1981 o COI determinou que
cada comitê nacional decidisse se devia ou não aceitar profissionais.
Em 1984, os Jogos Olímpicos aceitavam profissionais de futebol na competição.
CADA
VEZ MAIS PROFISSIONAL |
1912 - O norte-americano Jim Thorpe, índio de
Oklahoma, perde suas medalhas de ouro por ter sido descoberto que
ele já havia recebido uns trocados para jogar beisebol.
1932 - Um dos maiores nomes do atletismo, o finlandês
Paavo Nurmi, é barrado dos Jogos de Los Angeles momentos
antes de competir no atletismo. Soube-se que ele havia recebido ajuda
de custo para praticar esporte em um passado anterior a 1932.
1952 - O brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, campeão
do salto triplo, é acusado de profissionalismo
por ter ganho uma casa como prêmio por suas performances. Teve
que recusar o presente.
1972 - O nadador norte-americano Mark Spitz sobe ao
pódio exibindo nas mãos um tênis Adidas e por
pouco não é punido por fazer publicidade.
1984 - Profissionais de futebol são admitidos na Olimpíada.
1992 - A profissionalíssima NBA tem permissão
para ceder seus jogadores à seleção norte-americana
de basquete. Barcelona recebe então o Dream Team.
1996 - Os profissionais do ciclismo disputam Atlanta.
2000 - Sydney se prepara para receber os primeiros profissionais
de beisebol em sua Olimpíada. |
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