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CAPITAL ALVEJADO
Presidente dos EUA admite abalo
Terrorismo afeta economia, diz Bush
DA REDAÇÃO
O presidente George W. Bush
admitiu ontem que a economia
norte-americana foi afetada pelos
ataques terroristas do último dia
11, mas afirmou que ela se mantém "fundamentalmente forte".
"Os terroristas que nos atacaram tinham como alvo nossa economia, assim como nosso povo",
disse Bush, em seu pronunciamento semanal de rádio. "Colocaram abaixo um símbolo da
prosperidade americana. Só que
não puderam afetar sua origem."
Em uma ação suicida, terroristas sequestram aviões de companhias aéreas americanas. Dois deles se chocaram contra as torres
do World Trade Center, em Nova
York -que desmoronariam,
com morte e desaparecimento de
mais de 6.000 pessoas. Outro destruiu parte do Pentágono, sede do
comando militar americano. Um
outro avião caiu na Pensilvânia.
Depois de ficar quatro dias fechada, a Bolsa de Nova York acumulou perdas de 14,2% na semana -a pior desde 1933, época da
Grande Depressão.
É quase unânime, entre os analistas, a opinião de que o ataque
tornará mais lento o reaquecimento da economia dos EUA.
A ação terrorista golpeou duramente as empresas aéreas. Somente nos EUA foram anunciadas as demissões de 100 mil empregados do setor. Para contornar
a crise, o governo fechou um
acordo que prevê a concessão de
US$ 5 bilhões às companhias aéreas do país e outros US$ 10 bilhões em garantias de empréstimos. No Brasil, a Varig anunciou
o corte de 1.750 empregados e a
devolução de 13 aeronaves.
"Nossa economia teve um choque. Muitas pessoas perderam
seus empregos, no setor aeroviário, hoteleiro, de restaurante e turismo, enquanto as empresas lutam para se manter em pé. Aplaudo as companhias que estão fazendo esforços extraordinários
para manter seus empregados."
Em seguida, o presidente agregou que "muitos americanos viram cair os valores de suas ações".
"Apesar de todos esses desafios, a
economia dos EUA permanece
fundamentalmente forte."
Com agências internacionais
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