São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2001


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CAPITAL ALVEJADO
Presidente dos EUA admite abalo

Terrorismo afeta economia, diz Bush

DA REDAÇÃO

O presidente George W. Bush admitiu ontem que a economia norte-americana foi afetada pelos ataques terroristas do último dia 11, mas afirmou que ela se mantém "fundamentalmente forte".
"Os terroristas que nos atacaram tinham como alvo nossa economia, assim como nosso povo", disse Bush, em seu pronunciamento semanal de rádio. "Colocaram abaixo um símbolo da prosperidade americana. Só que não puderam afetar sua origem."
Em uma ação suicida, terroristas sequestram aviões de companhias aéreas americanas. Dois deles se chocaram contra as torres do World Trade Center, em Nova York -que desmoronariam, com morte e desaparecimento de mais de 6.000 pessoas. Outro destruiu parte do Pentágono, sede do comando militar americano. Um outro avião caiu na Pensilvânia.
Depois de ficar quatro dias fechada, a Bolsa de Nova York acumulou perdas de 14,2% na semana -a pior desde 1933, época da Grande Depressão.
É quase unânime, entre os analistas, a opinião de que o ataque tornará mais lento o reaquecimento da economia dos EUA.
A ação terrorista golpeou duramente as empresas aéreas. Somente nos EUA foram anunciadas as demissões de 100 mil empregados do setor. Para contornar a crise, o governo fechou um acordo que prevê a concessão de US$ 5 bilhões às companhias aéreas do país e outros US$ 10 bilhões em garantias de empréstimos. No Brasil, a Varig anunciou o corte de 1.750 empregados e a devolução de 13 aeronaves.
"Nossa economia teve um choque. Muitas pessoas perderam seus empregos, no setor aeroviário, hoteleiro, de restaurante e turismo, enquanto as empresas lutam para se manter em pé. Aplaudo as companhias que estão fazendo esforços extraordinários para manter seus empregados."
Em seguida, o presidente agregou que "muitos americanos viram cair os valores de suas ações". "Apesar de todos esses desafios, a economia dos EUA permanece fundamentalmente forte."


Com agências internacionais

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