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25/05/2010 - 11h11

Jornal francês tentou transformar anarquista em "mau-espírito" social

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Ravachol (1859-1892), junto com Émile Henry (1872-1894), é um dos mais famosos anarquistas do século 19. Filho de um marinheiro holandês, François Claudius Koënigstein, seu verdadeiro nome, era um inimigo impiedoso do Estado.

Foi chamado de "assassino de velhos e velhas mulheres, um ladrão e um violador de sepulturas" e "patife odioso" pelo jornal parisiense "Le Petit Jounal Illustré", do dia 16 de abril de 1892.

Divulgação
Livro discute o niilismo em seus aspectos políticos e históricos
Livro discute o niilismo em seus aspectos políticos e históricos

Para o historiador Fabrício Pinto Monteiro, a ilustração do jornal francês representa "um tipo de 'mau-espírito' laico e social, que se incorporava nas nações européias há algum tempo a partir da Rússia, e gerava criminosos, terroristas e assassinos: o próprio niilista".

O niilismo (nihilismo) --palavra originada do latim nihil (nada)-- é a postura negativa da filosofia em relação à esperança e a moral cristã. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) é frequentemente evocado como modelo de niilista.

Entretanto, foi na Rússia que o niilismo ganhou contornos políticos. Mikhail Bakunin (1814-1876), um influente filósofo anarquista, nasceu próximo a Moscou na época dos czares. Segundo o russo, "um Estado sem escravidão declarada ou disfarçada, é inconcebível; eis por que somos inimigos do Estado."

O tema é debatido em "O Niilismo Social" (Annablume, 2010). O livro apresenta o niilismo em seus aspectos sociais e históricos e de seu uso político na Europa durante o século 19.

 
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