Livraria da Folha

 
20/06/2010 - 15h40

Livro ensina a compreender a linguagem corporal dos cães

da Livraria da Folha

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Livro ensina a interpretar a linguagem corporal dos cachorros
Livro ensina a interpretar a linguagem corporal dos cachorros

Latidos, rosnados e uivos não são as únicas maneiras que os cachorros têm para se expressar. Estes sons, que constituem a "fala" dos cães, são os menos importantes na hora de entender nossos bichos de estimação. É o que explica Sophie Collins, autora de "Cachorros Falam" , lançamento da Ediouro, que tem se destacado na estante de Bichos.

"Nossos amigos utilizam cauda, orelhas, olhos, bigodes e boca para expressar o que sentem e, se o dono souber o que precisa observar, pode surgir um diálogo bastante eloquente", explica Collins. Mover as orelhas para frente ou para trás, é um dos recursos corporais utilizados pelos animais para se comunicar, por exemplo.

O livro procura alertar para a necessidade de não supervalorizar os bichinhos, tratando-os como seres humanos nem tampouco tratá-los como se apenas seguissem seus instinstos. Como diz Sophie, "cão que não tenta se expressar é algo que não existe".

Leia trecho de "Cachorros Falam".

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Para nós, a fala provavelmente é a forma de comunicação mais importante. Com os cachorros é diferente: a "fala", entendida como o conjunto formado por sons como latidos e uivos, é menos importante do que outros aspectos da comunicação. Nossos amigos utilizam cauda, orelhas, olhos, bigodes e boca para expressar o que sentem e, se o dono souber o que precisa observar, pode surgir um diálogo bastante eloquente. Alguns cães podem recorrer a partes do corpo para mandar sua mensagem. Para um observador pouco atento, não há significado algum quando um cachorro move suas longas orelhas para frente ou para trás. Mas esse é um entre vários outros recursos de comunicação corporal ao dispor do animal, que sabe usá-los muito bem. Cão que não tenta se expressar é algo que não existe.

É difícil falar de cães sem recorrer ao antropomorfismo. Vale lembrar, assim, que a tentativa de entender o cão não é como decifrar um idioma estrangeiro - a questão não é de nacionalidade, mas de espécie diferente. O que está em foco é bem mais profundo do que diferenças culturais. Mesmo a linguagem que usamos para descrever a "fala" dos cães é subjetiva, porque tem como parâmetro emoções próprias do ser humano. Lembre-se disso da próxima vez que disser coisas como "Meu cachorro pede proteção" ou "Meu cão sente ciúme". Você pode ter razão mas também pode não ter - afinal, está atribuindo motivações humanas a uma espécie que tem necessidades básicas coincidentes, mas seguramente diferentes. E sua referência para essa percepção são os seres humanos, e não os cães.

Quando paramos de olhar os cães como seres quase humanos, às vezes partimos para o extremo oposto e passamos a nos referir a eles como meros bichos subordinados às explosões de seus instintos. Os cachorros são animais sociais, o que quer dizer que conseguem se organizar em grupos, mas algumas pessoas podem achar que isso significa que, na vida selvagem, lutam sem parar para garantir seu lugar na matilha. Na verdade, a existência no ambiente selvagem não funciona assim. Os integrantes de um grupo sabem cooperar, estabelecendo relações que consideram quem é o indivíduo mais adequado a desempenhar determinada função. Nas observações de cães selvagens e lobos, os cientistas perceberam que a autoridade é mantida pela negociação, expressa por diversos pequenos sinais enviados por linguagem corporal. Muitos desses sinais ainda são usados pelos cães domésticos, e tudo o que temos a fazer é aprender a identificá-los: a partir daí, muitas vezes, veremos toda uma cena social acontecer em meio a um simples passeio pelo parque.

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"Cachorros Falam"
Autor: Sophie Collins
Editora: Ediouro
Páginas: 128
Quanto: R$ 24,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na "Livraria da Folha"

 
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