da Livraria da Folha
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Na Grécia Antiga, já existiam os primórdios do jogo em 200 a.C.. No entanto, o país conquistou o primeiro troféu somente em 2004, com uma vitória improvável na Eurocopa.
Divulgação |
Kaváfis reconstrói a história grega por meio da tradição pagano-cristã |
Com a crise econômica grega, percebemos que tradição é importante, mas, às vezes, atrapalha. Como exemplo, a alta sonegação fiscal que contribuiu, em parte, para o período de instabilidade pelo qual o país passa.
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A quem culpar em tempos de desestabilização de uma nação? Governo, povo ou a junção monstruosa entre ambos? Nenhum deles. O desequilíbrio reside nas relações que tentamos perpetuar, como a de que os gregos quebram pratos em qualquer ocasião, quando realmente só o fazem em festividades importantes, como no Dia da Independência da Grécia, comemorado em 25 de março.
Na literatura e filosofia, exacerbamos o mito em torno dos deuses, atribuindo-lhes somente características divinas. Esquecemos, por exemplo, que Konstantinos Kaváfis (1863-1933), um dos mais importantes poetas da Grécia do século 20, inventava personagens de ficção e cativava a leitura de seu povo.
Quem diria que um escritor grego, cético e gay, pudesse questionar a religião, o patriotismo e a heterossexualidade em um país marcado pela tradição? Kaváfis reconstruiu a história grega e utilizou o paganismo-cristão para extravasar seus sentimentos.