Livraria da Folha

 
13/08/2010 - 16h14

Revista revela ponto de divisão de "Harry Potter"; leia o trecho

da Livraria da Folha

O ponto que divide a história de "Harry Potter e as Relíquias da Morte" no cinema foi revelado pela revista norte-americana "Entertaiment Weekly".

Divulgação
"Harry Potter e As Relíquias da Morte" será dividido em dois filmes; ponto de corte deve ocorrer por volta do capítulo 24 do último livro
"Harry Potter e As Relíquias da Morte" será dividido em dois filmes; ponto de corte deve ocorrer por volta do capítulo 24 do último livro

A publicação, que chega às bancas nesta sexta, diz que a primeira parte terminará por volta do capítulo 24 do livro, quando Voldemort toma posse da Varinha das Varinhas, que concede poder sobre a morte.

Desde o anúncio de que seria dividido em duas partes, os fãs debateram em que momento do texto seria feito o corte. A perda de sentido na segunda parte era o que causava receio.

A revelação dá a entender que o primeiro filme, que está previsto para estrear nos cinemas brasileiros no dia 19 de novembro, deverá ser mais voltado para os mistérios da trama. A segunda parte focará a ação e a batalha final entre Harry Potter e Voldemort. O último longa está previsto para 15 de julho de 2011.

"Harry Potter e as Relíquias da Morte" encerra a série de sete livros criada por J.K. Rowling. A trama mostra como o jovem bruxo descobre a lenda das Relíquias da Morte e a relação dela com a sua família, além de sua preparação para enfrentar o maior bruxo das trevas de todos os tempos.

A cena, dita como a final do primeiro filme, está no final do capítulo 24. Leia abaixo o trecho:

*

E agora tudo estava fresco e escuro: o sol apenas visível no horizonte enquanto ele deslizava ao lado de Snape, atravessando os jardins em direção ao lago.

- Daqui a pouco irei me juntar a você no castelo - disse, com sua voz aguda e fria. - Deixe-me agora.

Snape fez uma reverência e voltou pelo mesmo caminho, sua capa preta esvoaçando às costas. Harry caminhou lentamente, aguardando o vulto de Snape desaparecer. Não seria bom que Snape, nem ninguém, visse aonde estava indo. Mas não havia luzes nas janelas do castelo, e ele poderia se esconder... e, em um segundo, lançou sobre si mesmo um Feitiço da Desilusão que o ocultou até dos próprios olhos. E continuou andando, contornando o lago, apreciando os contornos dos castelo, seu primeiro reino, seu direito por nascimento...

E ali estava, ao lado do lago, refletindo-se nas águas escuras. O túmulo de mármore branco, uma mancha desnecessária na paisagem familiar. Ele sentiu mais uma vez um assomo de controlada euforia, aquela sensação intoxicante de propósito na destruição. Ergueu a velha varinha de teixo: que apropriado que este fosse o seu último grande ato.

O túmulo se abriu da cabeceira aos pés. O vulto amortalhado continuava tão comprido e magro como fora em vida. Ele tornou a erguer a varinha.

A mortalha se abriu. O rosto estava translúcido, pálido, encovado, contudo, quase perfeitamente preservado. Tinham lhe deixado os óculos sobre o nariz torto: ele sentiu desprezo e vontade de rir. As mãos de Dumbledore estavam cruzadas sobre o peito, e ali estava ela, presa sob as mãos, enterrada com ele.

Será que o velho tolo imaginara que o mármore ou a morte protegeriam a varinha? Será que pensara que o Lorde das Trevas teria medo de violar o se túmulo? A mão aranhosa mergulhou e arrebatou a varinha de Dumbledore, e, quando a segurou, uma chuva de faíscas voou da sua ponta, salpicando o corpo de seu último dono, finalmente pronta para servir a um novo senhor.

 
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