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18/10/2010 - 15h01

"O que Deus Não Uniu o Homem Pode Separar" discute divórcio entre cristãos

da Livraria da Folha

Divulgação
Pesquisadora analisa significado da separação matrimonial para cristãos
Pesquisadora analisa significado da separação matrimonial para cristãos
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A pesquisadora Maria Nilsa de Almeida estuda o processo de anulação de casamentos no livro "O que Deus Não Uniu o Homem Pode Separar" (Edições Loyola, 2010). A proposta do volume é pensar no significado do ato na atualidade e no que ele pode implicar dentro do cristianismo, que prega a indissolubilidade do matrimônio.

Com base em estudos estatísticos e antropológicos, Nilsa reúne informações sobre os principais motivos que levam um casal a interromper a relação, como a infidelidade, e quais são as idades mais comuns em que a ruptura acontece.

A escritora também traça um histórico do significado da aliança matrimonial no cristianismo e faz comparações com as implicações do fim do casamento na lei brasileira.

O estudo também aborda o que acontece com os casais após a cisão e o processo da segunda união. Nesse ponto, Nilsa identifica que, em seu grupo de estudo, as mulheres desenvolvem novas relações mais rápido que os homens e que, para elas, estes compromissos tendem a ser mais duradouros do que a primeira aliança.

Leia trecho de "O que Deus Não Uniu o Homem Pode Separar".

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A busca por uma nova união procura suprir um vazio real, que pede reparação ou compensação, para eliminar o sofrimento e a frustração causados pelo primeiro casamento. Os entrevistados ressaltaram o direito de ser feliz e buscaram no novo relacionamento conseguir o que consideram felicidade conjugal. Essa concepção de felicidade pode ser considerada tanto no plano das representações sobre o casamento quanto em oposição às dificuldades efetivamente vividas na experiência conjugal anterior. A análise dos relatos dos sujeitos permite interpretar o significado que eles atribuem à felicidade no casamento como convivência fundada em relativo consenso e entendimento entre parceiro, na expressão de afetos, na satisfação sexual e também na colaboração, o que remete a uma concepção de família como espaço de ajuda mútua, de solidariedade, de trocas recíprocas entre parceiros.

Entre a primeira e a segunda união houve um período variável entre três meses e dez anos. Para as mulheres, esse período foi de 2,2 anos em média e entre os homens atingiu 6,8 anos.

O período de namoro antes da segunda união variou entre três meses e nove anos. Para as mulheres, a média de tempo de namoro foi de 1,5 ano e para os homens atingiu 3,6 anos. Nota-se que as mulheres namoraram menos tempo que os homens.

O tempo de duração da segunda união, considerando o período de união consensual até o casamento religioso, varia entre 2 meses e 19 anos. A média entre as mulheres é de 11,6 anos e entre os homens é de 1,6 anos. Comparando-se o tempo em que viveram a primeira união, nota-se que, para as mulheres, a segunda união está sendo mais duradoura que a primeira, enquanto para os homens é menor.

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"O que Deus Não Uniu o Homem Pode Separar"
Autor: Maria Nilsa de Almeida
Editora: Edições Loyola
Páginas: 176
Quanto: R$ 24,65 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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