Livraria da Folha

 
25/10/2010 - 09h03

Conheça livros sobre Vladimir Herzog, jornalista morto nos porões da ditadura há 35 anos

da Livraria da Folha

A controversa morte do jornalista croata naturalizado brasileiro Vlado Herzog (1937-1975), esmiuçada no livro "Dossiê Herzog" (Global), de Fernando Pacheco Jordão, marcou os movimentos de redemocratização do país durante a ditadura militar (1964-85).

Instituto Vladimir Herzog/Divulgação
Herzog na redação da BBC, rede de televisão britânica, onde trabalhou e fez curso sobre produções para TV
Herzog na redação da BBC, rede de televisão britânica, onde trabalhou e fez curso sobre produções para TV

Autoapelidado de Vladimir, por sentir que seu nome estrangeiro soava esquisito no Brasil, Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura. Também atuava como dramaturgo, lutava abertamente pela restauração da democracia e era militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB, proibido no período pela ditadura, mas que existia clandestinamente).

Divulgação
Publicado em 1979, livro denunciou torturas em plena ditadura
Publicado em 1979, livro denunciou torturas em plena ditadura

O jornalista foi intimado a depor no DOI-CODI no dia 24 de outubro de 1975 e, ao atender ao chamado, apareceu morto no dia seguinte. Os militares divulgaram uma foto de Herzog sem vida, com um cinto amarrado em torno do pescoço, e disseram que ele havia se suicidado.

A população não aceitou a versão oficial e foi às ruas protestar, no primeiro grande movimento de massas após o endurecimento do regime. O evento intensificou a crescente insatisfação das pessoas com o governo militar e culminou na potencialização das discussões sobre a redemocratização.

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Obra analisa como imprensa cobriu caso que definiu redemocratização
Obra analisa como imprensa cobriu caso que definiu redemocratização

O volume "Cidadania Proibida" (Imprensa Oficial) analisa a cobertura da mídia sob censura no período, principalmente com relação ao caso Herzog e suas repercussões.

Neste momento, foram importantes os depoimentos de dois jornalistas, George Benigno Duque Estrada e Rodolfo Konder, também presos com Herzog, os quais confirmam que ele passou por sessões de tortura e espancamento enquanto estava preso. É a tese sustentada pelo "Dossiê Herzog", uma das principais publicações de jornalismo investigativo no Brasil.

O livro chegou ao público pela primeira vez em 1979 e tornou-se um importante instrumento de denúncia dos crimes realizados pela ditadura e na luta dos movimentos que queriam trazer o voto direto de volta para o país.

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"Cidadania Proibida: O Caso Herzog Através da Imprensa"
Autor: Lilian Maria F. de Lima Perosa
Editora: Imprensa Oficial
Páginas: 216
Quanto: R$ 12,90 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

"Dossiê Herzog: Prisão, Tortura e Morte no Brasil"
Autor: Fernando Pacheco Jordão
Editora: Global
Páginas: 278
Quanto: R$ 33,60 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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