Livraria da Folha

 
26/10/2009 - 10h19

Livros explicam a violência e o funcionamento do crime organizado no Brasil

da Folha Online

A Livraria da Folha apresenta uma seleção de livros escritos por nomes como Hannah Arendt e Gilberto Dimestein, que tratam de temas como violência urbana, narcotráfico, crime organizado e sistema prisional brasileiro.

Veja seleção abaixo:

*

VIOLÊNCIA E PRISÃO

Divulgação
Livro apresenta os patamares da violência urbana no Brasil

A violência de caráter endêmico, implantada em um sistema de relações assimétricas, não é um fenômeno novo --dá continuidade a uma longa tradição de práticas de autoritarismo. O livro "Violência Urbana", da coleção Folha Explica, apresenta os patamares da violência urbana no Brasil e o contexto maior em que ela se apresenta. Além disso, o livro propõe caminhos para sua superação. O livro é assinado por Paulo Sérgio Pinheiro, que foi considerado pela ONU especialista independente para violência contra a criança e ex-secretário de Estado dos Direitos Humanos, e Guilherme Assis de Almeida, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência, da USP.

-

Divulgação
Advogado criminalista mostra estatísticas e fatos estarrecedores

Porque as prisões brasileiras não conseguem cumprir o seu papel de punir e regenerar? Munido de estatísticas e fatos estarrecedores, o advogado criminalista e articulista da Folha Luís Francisco Carvalho Filho mostra no livro "A Prisão" como o sistema prisional brasileiro falha na recuperação e reintegração de cidadãos. O livro, que integra a série Folha Explica, alerta ainda para o desinteresse político sobre o assunto e o custo humano que a prisão representa para a sociedade brasileira.

-

Divulgação

Em "Democracia em Pedaços", o colunista da Folha Gilberto Dimenstein faz um retrato do caos e da violência na sociedade brasileira contemporânea e mostra que a barbárie continua impune, apesar de todos os avanços políticos que ocorreram no país depois do fim ditadura e com a Constituição de 1988. Através de personagens que representam grupos marginalizados, ele demonstra que chacinas, linchamentos, degradação humana nas prisões, discriminação e violência contra mulheres, negros e indígenas, desamparo de crianças, tortura nas delegacias e pistolagem no campo são testemunhas da incapacidade do país para lidar com os direitos dos mais vulneráveis.

-

Divulgação/Divulgação

Uma das mais influentes ensaístas e pensadoras do século 20, Hannah Arendt viveu as grandes transformações do poder político de sua época, procurando compreender o significado histórico e mostrando como elas afetaram o julgamento moral e político da humanidade. Em "Sobre a Violência", a autora faz uma análise da natureza e causas da violência na segunda metade do século 20, a partir de um ensaio escrito entre 1968 e 1969, período que evoca experiências políticas cruciais, como as rebeliões estudantis surgidas em todo o mundo e a Guerra do Vietnã.

-

NARCOTRÁFICO E CRIME ORGANIZADO

Divulgação

Vencedor do prêmio Jabuti de Melhor Reportagem e Biografia, Menção Honrosa, em 2002, "Meu Casaco de General" é o relato do antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares sobre sua experiência na Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, durante o governo de Anthony Garotinho. Aqui, o autor relata os bastidores do intenso conflito entre as organizações criminosas e a ordem institucionalizada.

No prefácio, o jornalista Marcos Sá Corrêa escreve que este livro "recoloca nos trilhos um projeto de mais de duas décadas: provar que a violência carioca --logo, a insegurança pública de qualquer cidade brasileira-- tem remédio. Incurável é a vocação dos políticos para errar os remédios que empregam em seu tratamento. [...] Isto aqui é a história de um escândalo. Mas um escândalo revirado com asséptica limpeza".

-

Divulgação

Em "PCC", a repórter policial Fátima Souza revela aspectos surpreendentes sobre a formação, desenvolvimento e consolidação do Primeiro Comando da Capital, o PCC. Enviada pela TV Bandeirantes para fazer reportagens nos grandes presídios de São Paulo nos anos 90, a jornalista teve acesso direto aos principais líderes da facção criminosa. Esta proximidade com o submundo do crime deu à repórter informações privilegiadas que revelam como os criminosos comandam as operações nas favelas de dentro das prisões, além de arquitetarem sequestros, roubos, fugas e assassinatos.

-

Divulgação

Durante a realização do documentário "Falcão", um explosivo retrato dos meninos que trabalham no tráfico de drogas no Brasil, o escritor Celso Athayde e o rapper MV Bill viveram experiências dramáticas. Dos 17 meninos entrevistados, 16 morreram ao longo da produção. No livro "Falcão - Meninos do Tráfico", Celso e Bill fazem relatos contundentes sobre essa realidade e procuram entender as razões, angústias, loucuras, sonhos, maldades e contradições dos jovens que trabalham para o tráfico. Os autores discutem também o racismo, a segurança pública, a repressão policial e a importância do hip hop para a juventude das favelas.

-

Divulgação
Livro conta a história das drogas e reflete sobre a proposta de legalizá-las

O Fernandinho Beira-Mar é apenas um varejista. Há muitos "peixes grandes" por trás do negócio do tráfico de drogas no Brasil. É isso que o jornalista Mário Magalhães, ex-ombudsman da Folha e vencedor o Prêmio Esso de Jornalismo de 1999 revela no livro "O Narcotráfico", da coleção Folha Explica. De forma sintética e esclarecedora, o livro conta a história das drogas e explica como o narcotráfico funciona --do varejo nas favelas e periferias às organizações multinacionais que comandam o crime organizado. Trata ainda da proposta de legalizar as drogas e enfoca o impacto social de um negócio que desagrega, corrompe e mata.

-

Divulgação

"Cabeça de Porco" é o resultado de entrevistas e filmagens feitas por MV Bill e seu empresário Celso Athayde nos últimos 15 anos em favelas de nove estados brasileiros. O livro mostra a vida de crianças e jovens que vivem no mundo do crime e aponta as razões pelas quais elas se envolvem neste universo violento e altamente perigoso.

Os textos do antropólogo Luiz Eduardo Soares --um conjunto de registros etnográficos apurados ao longo dos últimos sete anos, sobre juventude, violência e polícia-- ajudam a traçar um painel realista sobre a violência instalada no Brasil. A intenção não é denunciar, mas compartilhar com os leitores preocupações e reflexões, na perspectiva de manter viva a esperança.

-

Divulgação

Em "Rota 66 - A História da Polícia que Mata", livro consagrado pelo público e pela crítica, o jornalista Caco Barcellos desmonta a intricada rede que forma o "esquadrão da morte" montado por policiais militares em São Paulo. O livro é resultado de sete anos de rigoroso trabalho de pesquisa e investigação.

Divulgação

A partir de revelações chocantes feitas por um conhecido traficante, o jornalista Caco Barcellos desvenda a realidade do tráfico de drogas no Rio de Janeiro no livro-reportagem "Abusado: O Dono Do Morro Dona Marta". Vencedor de inúmeros prêmios por suas reportagens, Barcellos considera "Abusado" como "a reportagem mais difícil" de seus 25 anos de profissão. Campeão de vendas, o livro venceu o Prêmio Jabuti como melhor obra de não-ficção e é indicado para leitura por faculdades de jornalismo de todo o país.

 
Voltar ao topo da página