Para Caetano Veloso, Lévi-Strauss tinha vocação para a longevidade

da Livraria da Folha

Em texto publicado na Folha de hoje, o compositor contou sobre seu primeiro contato com o livro "Tristes Trópicos", do antropólogo. Os parágrafos longos e entremeados por observações secundárias impressionaram Caetano. "Mas foi a visão do Brasil que apareceu ali que esquentou meu coração", entregou.

O músico ainda destacou que Lévi-Strauss detestava a promiscuidade entre alta cultura e cultura popular que via sendo praticada por famosos, a dita "pop philosophie", na qual pensadores citavam Bob Dylan e escreviam sobre linguistas estudando letras de rock.

O próprio Caetano citou diretamente Lévi-Strauss em uma letra de música e indiretamente em outras duas. "Ele possivelmente não gostaria de se ver citado por um músico pop. E brasileiro. Vai saber", questiona-se.

Do tom que utilizou em seu texto, o cantor pede desculpa aos estudiosos por se referir ao antropólogo de forma tão familiar. Desculpa esta que justifica o carinho pelo intelectual, "mesmo no seu grande esnobismo contra o esnobismo de massas".

A íntegra do especial está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

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Comentários dos leitores

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Chris Maria (217) 04/11/2009 11h51

Sem dúvida alguma sua morte representa uma grande perda. Entretanto, a relevante contribuição de sua obra para o desenvolvimento do pensamento humano o faz eterno.

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JOSE MOTTA (27) 04/11/2009 11h17

O Brasi tem bom filososfos e pensadores, porém também tem muitos polpulistas enganadores.

4 opiniões
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J. R. (1126) 03/11/2009 22h39

pois ninguém pode adivinhar o futuro. Lévi-Strauss sempre enfatizou que "a mente selvagem é igual à civilizada", trazendo os povos ameríndios ao seu status merecido, ao século XX e XXI como povos e não animais selvagens. Diz FFHH que "Lévi-Strauss foi um dos maiores antropólogos de todos os tempos. Suas contribuições, especialmente depois que publicou 'As Formas Elementares do Parentesco', revolucionaram a antropologia contemporânea, provavelmente ele se interessou mais pelo livro devido às maneiras de como destruir a "celula mater" da sociedade, a fim de otimizar os lucros do sistema que apoia. A partir de então, a corrente chamada 'estruturalista' passou a exercer enorme influência em todas as universidades". FFHH que só conhece o âmbito das universidades, um erudito, nem mesmo teórico, pois jamais quis se envolver com o chamado "terceiro setor", diz "fui visitá-lo, mais de uma vez, no Collège de France na década de 1970 para render-lhe o tributo devido, a quem teve uma vida intelectual tão fecunda."; pena que não tenha aprendido nada, pois quem foi aluna de Strauss de fato foi Ruth Cardoso, se assim fosse não teria sido ele um presidente tão medíocre para o Brasil, um entreguista: "A globalização é o novo Renascimento da humanidade". Fazendo apologia a Lévi-Strauss o Brasil não começou com FFHH e vai terminar sem ele.
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Morre Lévi-Strauss e leva FFHH junto?

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