Leitura "decola" e Brasil já lança 50 livros por dia

SÉRGIO RIPARDO
colaboração para a Livraria da Folha

A CBL (Câmara Brasileira do Livro) comemora a expansão da leitura no país em 2009, principalmente em um ano de crise financeira mundial. Em três anos, foram lançados cerca de 57 mil novos títulos, incluindo obras técnicas e regionais, nem sempre com visibilidade na mídia e presença em grandes redes. Isso dá uma média diária de mais de 50 lançamentos por dia.

Johannes Eisele/Reuters

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Rosely Boschini, que preside a CBL, contabiliza mais de 1 bilhão de exemplares impressos no Brasil, entre 2006 e 2008. Não são apenas números, na sua avaliação. Ela vê também uma qualidade editorial crescente nos livros colocados no mercado. Um dos indicadores disso é o número recorde de inscrições no prêmio Jabuti 2009. Foram 2.573 obras, aumento de 20% ante 2008.

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Boshini aponta três eixos da atuação da CBL: desenvolver os negócios do mercado do livro, ser uma voz institucional do setor por meio de ações políticas e oferecer apoio aos associados. Na sua opinião, o mercado editorial brasileiro conseguiu superar as adversidades do ambiente econômico, sendo protagonista do movimento de inclusão do país na sociedade do conhecimento.

"Estamos menos suscetíveis às crises", disse a presidente da CBL.

Natal

Mais um levantamento reforça a percepção de que o setor livreiro vai terminar 2009 no azul. Uma empresa que monitora o comércio eletrônico no Brasil divulgou, nesta quarta-feira (11), que a previsão é de um aumento de quase 30% nas vendas fechadas pela web no período do Natal. A estimativa é para todos os negócios que usam a internet como canal de vendas, mas houve uma citação especial sobre as livrarias on-line.

Segundo a e-bit, os carrinhos virtuais dos consumidores deverão estacionar principalmente na categoria "livros", que historicamente é a líder do comércio eletrônico. De acordo com a consultoria, deve competir com as livrarias o setor de eletrodomésticos, em alta devido à prorrogação do IPI (imposto sobre produtos industrializados) reduzido até final de janeiro. A e-bit cita ainda como alavancas do crescimento as categorias de eletrônicos e informática (principalmente entre os homens), e saúde, beleza e medicamentos entre as mulheres.

"Com o resultado do Natal, o e-commerce nacional deve fechar 2009 com um faturamento superior a R$ 10,5 bilhões, confirmando a expectativa da e-bit de um crescimento nominal de 28% em relação ao ano passado. Os números mostram o imenso potencial de evolução do canal, tendo em vista que apenas 25% das pessoas que acessam a internet no Brasil são, de fato, e-consumidores (a estimativa é chegar a 17 milhões no final de dezembro)", informou o levantamento da e-bit.

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