Livraria da Folha

 
27/11/2009 - 20h17

BNDES anuncia empréstimos para mercado editorial investir no e-book

da Livraria da Folha

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou, nesta sexta-feira (27), recursos de R$ 1 bilhão para programas de apoio à cultura, durante apresentação na sede da CBL (Câmara Brasileira do Livro), em São Paulo. O dinheiro será liberado até 2012 e vai contemplar também o mercado editorial.

A iniciativa tem o objetivo de fomentar a produção de obras editoriais, inclusive para comercialização em novas mídias, de melhorar a distribuição de livros no país, desenvolver novos modelos de negócios (como o livro digital, o e-book) e modernizar livrarias, informou o gerente do departamento de cultura, entretenimento e turismo do BNDES, Marcus Vinícius Macedo Alves.

Os recursos fazem parte do programa Procult, que antes era dirigido apenas para o segmento audiovisual. Agora passará a incluir também outros segmentos culturais, como editorial, patrimônio histórico, música, jogos eletrônicos, fonográfico e espetáculos.

"A economia da cultura é um prática que o banco vem incrementando cada vez mais", disse o gerente.

O custo financeiro do BNDES Procult é um dos menores praticados pela instituição em comparação a todos os tipos de programas que desenvolve com diversos setores da economia: TJLP (hoje igual a 6% ao ano) acrescida da taxa de 1% ao ano para micro, pequenas e médias empresas. Para as grandes empresas, o custo financeiro é de 7% ao ano acrescido de uma taxa de 2,0% ao ano.

Para projetos que desenvolvam novos produtos e criem obras intelectuais originais brasileiras, a novidade é que haverá uma taxa fixa de 4,5% ao ano, equiparando-se ao custo das linhas de inovação tecnológica oferecidas pelo banco. O prazo do financiamento dentro do programa pode chegar a 8 anos, incluindo carência.

"O BNDES, antes do lançamento do novo Procult, já procurava um encontro com o mercado editorial. A oportunidade que a CBL deu de expor as linhas de crédito pra os principais interlocutores do setor é muito importante para o banco", afirmou Alves.

A repercussão do encontro foi positiva, segundo avaliação da CBL. Letícia Kayano, da editora Ática e Scipione, disse: "O fórum foi uma oportunidade para o mercado editorial conhecer e utilizar a fundo as vantagens como linhas de crédito baratas e mais simples oferecidas pelo BNDES."

Diogo Bettencourt, da Livraria Almedina, avaliou que o evento foi uma chance de ter contato com "uma ferramenta que embora esteja à disposição do mercado, por vezes é esquecida".

Galeno Amorim, do Observatório do Livro e da Leitura, que organizou o evento para a CBL, mediou o encontro. Também participaram do fórum o economista Sebastião Macedo Pereira, do Instituto de Desenvolvimento de Estudos Avançados do Livro e Leitura. O diretor de Planejamento do grupo Saraiva, Maurício Pereira Fanganiello, relatou a experiência de sua empresa como tomadora de créditos do BNDES.

 
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