Livraria da Folha

 
15/01/2010 - 10h14

Capitão do Corinthians "foge de ler esportes" e revela interesse por economia

FABIANA SERAGUSA
colaboração para a Livraria da Folha

Divulgação
William (foto), capitão do Corinthians, prefere as editorias Ilustrada e Dinheiro, e pretende começar a ler dois livros até o fim deste mês
William (foto), capitão do Corinthians, prefere as editorias Ilustrada e Dinheiro, e pretende começar a ler dois livros até o fim deste mês

A primeira coisa que o capitão do Corinthians faz ao abrir o jornal é correr para ler as matérias da editoria de Esportes, certo? Errado. Na verdade, só de vez em quando ele se interessa por essa seção: os cadernos de Ilustrada e Dinheiro são seus preferidos.

William Machado de Oliveira, que desde 2008 é zagueiro do time do Parque São Jorge, diz que "procura fugir de ler esportes" e que se interessa muito por assuntos relacionados a economia e negócios.

Em entrevista exclusiva à Livraria da Folha, o jogador revela que pretende começar a ler "Os Axiomas de Zurique", livro sobre ações e investimentos, ainda durante a pré-temporada do time, que termina em 26 de janeiro (mas o primeiro jogo no Campeonato Paulista ocorre já neste domingo, 17, contra o Monte Azul). O best-seller "A Cabana" também está em sua lista de próximas leituras.

"Leio muito para os padrões nacionais e menos do que gostaria", conta William, que arranja tempo entre uma viagem e outra, em hotéis e aviões, para colocar os assuntos literários em dia. "Com conhecimento e informação, a chance de ter uma vida melhor e ser uma pessoa melhor aumenta exponencialmente. Gosto de ler sobre tudo exatamente pra poder me relacionar com pessoas de todas as áreas."

Menos livros, mais internet

Ultimamente, no entanto, o capitão tem tido menos tempo para se dedicar aos livros, por causa da internet. "Comecei a ver uns DVDs de curso de inglês para aprender o máximo possível antes de chegar lá", revela William. Esse "lá" se refere à Austrália, para onde o jogador pretende ir em março do ano que vem e passar seis meses aprendendo o idioma. "Acho que o custo-benefício de morar fora é melhor do que três a cinco anos de curso, além da experiência de vida."

Para aproveitar ainda mais este tempo na internet, ele criou há pouco tempo uma conta no Twitter, pelo qual se comunica com amigos e torcedores.

Atualmente com 33 anos, o capitão conta que pretende parar de jogar futebol após a temporada deste ano e que, após fazer esta viagem programada, planeja se dedicar a cursos relacionados à história, filosofia, psicologia, teologia e sociologia.

Sobre a faculdade de ciências contábeis, que trancou em 2005, William diz que ainda faltam uns quatro semestres para concluir, mas que "hoje em dia não seria muito vantajoso".

 
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