da Livraria da Folha
Jared Diamond, 71, ganhador do prêmio Pulitzer pelo livro "Armas, Germes e Aço", volta à mídia por conta de suas previsões sobre o Haiti, que foi devastado por um terremoto de magnitude 7, em janeiro deste ano.
Arquivo pessoal |
"Comparo o grau de evolução das sociedades que dividem um território", disse Jared Diamond em entrevista ao jornal "El País" |
Um dos capítulos de "Colapso", por exemplo, explica por que, apesar de compartilharem a mesma ilha, há tantas diferenças entre o Haiti e a República Dominicana. Diamond mostra como o colapso global pode ser evitado ao analisar as civilizações do último milênio.
O autor investiga por que umas se extinguiram enquanto outras prosperaram, além de apresentar as causas ambientais que, de algum modo, motivaram o processo.
Em entrevista ao jornal espanhol "El País" no último domingo (7), Diamond disse que o Haiti é um experimento natural. "Há uma linha, do lado ocidental está o Haiti, e do oriental, a República Dominicana. Um experimento natural igual ao que há nas Alemanhas ou na Coreia do Norte e do Sul. Daí, meu interesse. Comparo o grau de evolução das sociedades que dividem um território", explicou o geógrafo norte-americano.
Em "Colapso", o professor de Geografia da Universidade da Califórnia (UCLA) descreve o Haiti como um exemplo de sociedade atual à beira do abismo. Questionado na reportagem sobre o período que levaria a tal colapso, Diamond estima 30 ou 50 anos.
"Então saberemos se o mundo entra em colapso. Isso, se tivermos solucionado os problemas; em caso contrário, será uma realidade", atestou o estudioso que é acusado de catastrofista e até de racista por alertar sobre os perigos aos quais o mundo está suscetível.
Leia mais