Livraria da Folha

 
22/03/2010 - 07h00

Pablo Neruda fala de amor e sentimento de posse em ode à estrela; leia trecho

da Livraria da Folha

Divulgação
Após sucesso de "Livro das Perguntas", Cosac lança outro de Neruda
Depois de "Livro das Perguntas", Cosac Naify publica outro Neruda

O chileno poeta Pablo Neruda, celebrado principalmente por seus poemas de amor e sua canção desesperada, escreveu também odes belíssimas. À cebola, ao vinho, ao tomate, ao gato; o autor chileno lançou mão de elementos corriqueiros, pequenos até --que importância se dá a uma cebola, afinal?-- e concedeu-lhes ares sublimes.

E quanto a estrelas, tão admiradas no céu e na literatura? Pode-se elevar uma delas ainda mais? Neruda pôde. Com "Ode a uma Estrela", lançamento da editora Cosac Naify, o poeta exalta o corpo celeste em versos únicos, líricos --traduzidos com maestria pelo também poeta Carlito Azevedo. Neruda não se limita, porém, a enaltecer a luz estonteante de uma estrela.

Nos versos, o autor narra a história de um homem que, em um impensado ato de amor, apoderou-se de uma estrela e decidiu mantê-la em segredo em sua casa, embaixo da cama. As ilustrações lúdicas da artista espanhola Elena Odriozola fazem da luminosidade da estrela uma personagem de projeções mágicas e com vida própria: mesmo com o esforço do homem em prendê-la, irradia para além das paredes da casa.

"Ode a Uma Estrela" é um convite de Neruda para pensar o amor, a posse, a liberdade. É mais amor a ousadia de roubar uma estrela ou se deixar apanhar por um poeta? Neruda, autor de "Livro das Perguntas", lançou mais esta questão.

 
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