Box agrupa principais contos que refletem a Bahia de Jorge Amado
da Livraria da Folha
Narrativas breves que delineiam o microcosmo baiano e todos os seus personagens. O leitor poderá encontrar no "Box: Jorge Amado (Três Contos Ilustrados)" (Companhia das Letras, 2010) um universo repleto de malandragens, religiosidade, erotismo e até fantasmas da Bahia de Jorge Amado.
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| Caixa reúne três livros de contos ilustrados do escritor Jorge Amado |
Esta caixa --ilustrada por artistas gráficos consagrados e comentada por nomes de peso do meio literário-- agrupa três edições: "De Como o Mulato Porciúncula Descarregou Seu Defunto", "O Milagre dos Pássaros" e "As Mortes e o Triunfo de Rosalinda".
Publicado originalmente na revista "Senhor", em 1959, o primeiro livro de contos é "De Como o Mulato Porciúncula Descarregou Seu Defunto". O volume reúne duas narrativas. Uma oculta --a de Gringo, que depois de beber litros de cachaça não comentava sobre a morte que carregava nas costas--, e uma misteriosa, que trata do amor platônico entre o mulato Porciúncula e Maria do Véu, uma prostituta obcecada por casamentos e que foi expulsa de casa a pauladas, depois de perder a virgindade com o filho de um coronel.
O texto de "O Milagre dos Pássaros" foi lançado em 1979 e examina uma história de traição e de desonra típica da tradição oral do sertão nordestino. Com elementos da poesia de cordel e dos contos mágicos, Jorge traça uma anedota do temido capitão Lindolfo Ezequiel e sua bela mulher Sabô, a mais desejada de Piranhas, cidade alagoana às margens do rio São Francisco.
"As Mortes e o Triunfo de Rosalinda" aprofunda o tom erótico para dar voz ao depoimento de um narrador um tanto quanto incomum. Trata-se do depoimento verborrágico do amante e assassino de Rosalinda, que confessa suas peripécias sexuais diante de um interlocutor que muda o tempo todo: é um militar, um bispo, um desembargador, entre outros representantes da autoridade. A própria Rosalinda se revela um ser fantástico, que nasce e morre nos quatro cantos do planeta. Rosalinda nasce e morre várias vezes, assim como as narrativas. A personagem faz as vezes de princesa hindu, dona de casa, madre superiora, e tantas outras.
