Filme pós-apocalíptico "A Estrada" adapta melhor livro da década
da Livraria da Folha
Com previsões pessimistas e o medo do fim do mundo aproximando-se junto com 2012, não é de se estranhar que Hollywood prepare a sua cota de filmes de catástrofe e pós-apocalípticos. Depois de "Fim dos Dias" e "2012", chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (16) "A Estrada".
| Divulgação |
 |
| Viggo Mortensen vive homem que luta para sobreviver com seu filho em futuro pós-apocaliptico de "A Estrada", eleito o livro da década |
Adaptação do romance de Cormac MCCarthy, acompanha a trajetória de um pai e seu filho, sobreviventes de uma catástrofe. A época é incerta e não fica claro o que realmente aconteceu.
A paisagem norte-americana tornou-se cinza e a fuligem e o frio predominam por todo o caminho dos dois. A mãe, interpretada por Charlize Theron, aparece apenas em alguns flasbacks e memórias.
O romance, narrado através de pequenos trechos, mostra cenas que ocorrem ao longo do caminho dos protagonistas. Preocupado com o futuro e o do filho, o homem segue por uma estrada rumo ao sul do continente. O que os espera no destino final também é incerto, mas é o melhor que podem fazer em uma região árida e hostil.
Os poucos pertences que restaram são carregados em mochilas e os outros, grandes ou menos essenciais, em um carrinho de supermercado. Não restou o que comer, fazendo com que alimento e sapatos tornem-se a principal preocupação, além de atingir o seu objetivo.
Além do ambiente hostil, outros sobreviventes tornam-se problemas. Aqueles que cederam aos instintos mais básicos e abandonaram a civilidade passam apelar para o canibalismo e tornam-se violentos. Outros chegam a cometer suicídio. A única proteção de pai e filho é um revolver com poucas balas.
O homem, interpretado no longa por Viggo Mortensen, questiona-se a todo instante o que será do futuro de seu garoto, papel do estreante Kodi Smit-McPhee. Sua maior luta é manter o garoto vivo e o que esperar do futuro dele. A maior lição para ambos, no entanto, será aprender a confiarem em alguém além de si mesmos.
Vencedor do prêmio Pulitzer, "A Estrada" foi escolhido pelo jornal inglês "The Times" como o melhor livro da década. Autor de "Onde os Velhos Não Têm Vez", cuja adaptação foi a grande vencedora do Oscar 2008, MCCarthy diz que "A Estrada" mostra seu otimismo em relação à humanidade.
