da Livraria da Folha
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Com mais de 60 livros publicados, Lobato é ícone da literatura infantil |
Quem não conhece a imagem da boneca Emília, retalhos de tecido a constituir o corpo, cabelos vermelhos e boca desenhada? O criador da personagem mais célebre da literatura infantojuvenil, Monteiro Lobato (1882-1948), empresta à data de seu aniversário, 18 de abril, para a comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil.
O dia foi escolhido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, e instituído pela UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) do Brasil.
Os personagens de Monteiro Lobato, sobretudo os do "Sítio do Pica Pau Amarelo", povoam o imaginário de crianças e adultos de diversas gerações brasileiras. "A Menina do Narizinho Arrebitado", o primeiro livro desta que é a mais conhecida criação do escritor, foi lançado em 1920.
Até 1948, data de sua morte, publicou em anualmente títulos dedicados às crianças e outros tantos ao público adulto, como "A Onda Verde", de 1921, e "América", de 1932.
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Há livros interessantes para quem quer conhecer a fundo a controversa biografia de Lobato. Em "Monteiro Lobato", da editora Senac, três autores tentam dar conta das múltiplas facetas do autor --Lobato foi, além de escritor, fazendeiro, advogado, diplomata, tradutor e editor de livros.
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Obra dedica um capítulo a cada título infantil de Monteiro Lobato |
Outros dois pesquisadores enfrentam o mesmo desafio: Nereide Santa Rosa com "Monteiro Lobato", pela editora Callis, e Cassiano Nunes, que publicou o seu "Monteiro Lobato" pela editora Contramponto.
Para os que estão interessados em conhecer e compreender melhor as obras infantis de Lobato há um título imperdível, vencedor do Prêmio Jabuti 2009 de Melhor Livro do Ano na categoria Não-ficção: "Monteiro Lobato Livro a Livro". Organizado pelos pesquisadores Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini, a obra examina o percurso literário de Lobato a partir de textos de professores sobre cada uma das obras infantis do escritor.
A observação da trajetória de Lobato desnuda um comportamento bastante regular e sistemático: ele gostava de reescrever suas histórias, preocupado de modo especial com a linguagem. Não por acaso, o componente de sua literatura que mais o aproxima dos pequenos leitores.