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"Acredito que o basquete brasileiro deve se dar mais valor. A liga
feminina acaba em 29 de maio porque a WNBA começa nessa data. Será
que as americanas se preocupam com nossa liga da mesma forma? Resultado,
o Nacional dura apenas dois meses, quando o ideal seria pelo menos
90 dias. E eu me pergunto: como segurar os patrocinadores? Acredito
que, em alguns anos, se nenhuma medida for tomada, as ligas brasileiras
nao existirão mais. Um superabraço e parabéns pela coluna."
(Karina
Valeria Rodrigues, Campinas, SP)
De fato, na teoria não faz sentido atrelar o calendário nacional
ao da WNBA. Mas o que a CBB poderia fazer neste ano? Seria muito
arriscado, um erro estratégico, organizar o Nacional sem a jogadora
que é referência para o basquete brasileiro, caso da Janeth. Mas
concordo com você que a duração do torneio deveria ser revista.
Sim, ele é enxuto demais _não responde aos interesses do patrocinador
e, sobretudo, não consegue seduzir o torcedor. A CBB deveria apressar
os planos de "unificação" do calendário com as federações estaduais.
Isso pelo menos atenderia às demandas dos patrocinadores, que poderiam
trabalhar com um "ano de nove ou dez meses" de exposição. Um abraço
para você e para a tropa do Campinas.
"Podemos ter este ano um jogador sul-americano escolhido na
primeira rodada do draft da NBA? O argentino Juan Pepe Sanchez,
de Temple, é o atual "media darling" aqui nos EUA, sendo comparado
inclusive a John Stockton. Será a primeira vez? Será que algum dia
teremos um brasileiro nesta situação?"
(Rogério Mendes, Salt Lake City, EUA)
Já
vi Pepe Sanchez em ação cinco vezes, duas delas ao vivo em Philadelphia.
É um armador inteligente, com boa visão de quadra. As comparações
com Stockton, porém, acho que têm natureza "racial". Devem-se mais
ao biótipo do que ao nível técnico _a exemplo do titular do Utah,
Sanchez é branco, franzino, aparentemente lento e sem impulsão.
Stockton foi escolhido em 16º lugar no ‘draft‘ de 1984. Pelo que
me contam e pelo que tenho lido, dificilmente Sanchez vai emplacar
o primeiro "round" (ele seria, sim, o primeiro sul-americano a fazê-lo...).
Quanto à possibilidade de um brasileiro assinar com a NBA, acho
que isso vai demorar um bocado. Não há jogadores jovens à vista
com a compleição física e/ou estilo de jogo de um profissional.
Veja o caso de Guilherme Joanoni, ex-Pinheiros, que hoje está na
Espanha. É o mais talentoso de sua geração. Mas é pesado e não tem
movimentação lateral suficiente para a posição (ala) em que seu
estilo mais se encaixa.
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18/04/2000
- Joalheria
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