Reuters
15/10/2002 - 18h29

Autoridades da Indonésia investigam atentados em Bali

da Reuters, em Bali (Indonésia)

Autoridades da Indonésia em busca de ligações entre os atentados em Bali e a rede terrorista Al Qaeda interrogaram hoje dois indonésios e encontraram vestígios de explosivos plásticos no local dos ataques.

Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas o chefe da polícia nacional, Da'i Bachtiar, disse a repórteres: "Estamos interrogando duas pessoas", acrescentando que se tratavam de cidadãos indonésios. "Um deles disse que estava presente quando ocorreu o incidente".

Segundo o chefe da polícia, o outro é parente de uma pessoa cuja carteira de identidade foi encontrada no local do atentado, mas que não havia sido identificada.



Em outras áreas da região, a Tailândia aumentou a segurança em seus balneários com medo de que os terroristas que mataram cerca de 180 pessoas em Bali possam voltar a atacar.

As Filipinas pediram uma coalizão regional contra o grupo radical islâmico Jemaah Islamiah, que tem ligações com a Al Qaeda e que pode estar usando a Indonésia como base de operações.

A Austrália, país que teve o maior número de vítimas estrangeiras nos atentados de Bali, disse que iria pedir a inclusão do grupo Jemaah Islamiah na lista de organizações terroristas da ONU.

Ontem a Indonésia relacionou pela primeira vez a rede Al Qaeda de Osama bin Laden aos atentados em Bali.

Uma autoridade da inteligência norte-americana disse que os atentados denotavam a participação de um grupo terrorista sofisticado, devido à grande quantidade de explosivos e aos ataques coordenados.

Agentes do FBI nos Estados Unidos e da polícia federal australiana estão auxiliando nas investigações. Autoridades da britânica Scotland Yard e investigadores do Japão e da Alemanha devem integrar as investigações em breve.

Em Bali, parentes das vítimas dos atentados aguardavam para proceder à identificação de corpos. Autoridades indonésias e australianas disseram que a identificação será difícil porque os corpos estão bastante carbonizados.

Entre os mortos e mais de 300 feridos havia um grande número de indonésios e muitos estrangeiros, principalmente australianos, britânicos, norte-americanos, suecos, suíços e holandeses.

"Será um longo e difícil processo", disse o porta-voz da embaixada australiana, Kirk Coningham.

Uma autoridade indonésia disse que registros dentários e técnicas de DNA seriam usados para identificar a maior parte dos corpos.

Leia mais:
  •  Muçulmanos têm medo de extremistas, diz líder islâmico

  •  Análise: A Indonésia e o extremismo islâmico

  •  Australianos estão no topo da lista de vítimas do atentado em Bali

  •  Equipe internacional procura autores de atentado em Bali

  •  Jornal indonésio acusa EUA por atentado em Bali

  •  

    FolhaShop

    Digite produto
    ou marca