Professor universitário é preso nos EUA em caso de peste
da Reuters, em Lubbock (Texas)Um professor da Universidade de Tecnologia do Texas foi preso ontem sob suspeita de mentir a respeito de 35 cápsulas contendo a bactéria da peste, que teriam desaparecido da universidade.
Thomas Butler, proeminente membro da divisão de doenças infecciosas da universidade, é acusado de ter prestado falsa informação a um agente federal. A polícia de Lubbock disse que ele pode ter destruído as cápsulas desaparecidas.
Mas uma agente do FBI (polícia federal dos EUA) que acompanha o caso, Guadalupe Gonzalez, disse que todas as cápsulas já foram localizadas e que o incidente não provocou risco à população. A investigação foi iniciada na terça-feira (14), quando um médico da universidade deu pela falta das amostras das bactérias.
As autoridades que investigam o incidente frisaram que esse material não poderia ser usado na fabricação de armas biológicas. As cápsulas eram mantidas em uma área segura e usadas por pesquisadores para testar antibióticos.
A peste, provocada pelo bacilo de Yersin, é normalmente transmitida às pessoas por roedores, via pulgas. A doença provocou horríveis epidemias na Idade Média, chegando a dizimar um terço da população européia da época.
A doença se manifesta em três formas: peste bubônica, que forma inchaços no corpo (a peste pneumônica, muito mais letal) e a peste septicêmica (uma rara infecção no sangue).
Especialistas dizem que uma arma biológica com a bactéria da peste seria fácil de preparar e usar. A doença, porém, é facilmente tratada com antibióticos, desde que diagnosticada corretamente.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) registra entre 1.000 e 3.000 casos de peste por ano no mundo. Nos Estados Unidos, a doença se manifesta em apenas 10 a 15 pacientes anualmente, matando uma pequena porcentagem.
A última epidemia urbana da doença nos EUA aconteceu entre 1924 e 25, em Los Angeles.
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