Rússia se preocupa com pressão dos EUA sobre inspetores
da Reuters, em MoscouO ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, disse hoje que estava preocupado com a pressão dos Estados Unidos sobre os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque.
Segundo ele, a pressão viria de "certos círculos" de Washington.
"Algumas publicações e declarações oficiais...colocaram dúvidas sobre alguns aspectos do trabalho dos inspetores."
Hoje, os inspetores de armas da ONU e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) anunciaram que vão pedir ao Conselho de Segurança da ONU o prolongamento "por alguns meses" de sua missão no Iraque, declarou hoje o chefe da AIEA, Mohamed El Baradei, em Moscou, segundo a agência de notícias Interfax. O pedido pode complicar os planos militares de Washington.
"Nós temos a intenção de pedir [ao Conselho de Segurança da ONU] alguns meses para poder terminar o trabalho", declarou El Baradei durante uma coletiva de imprensa.
O chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, concorda que o prazo de 27 de janeiro para apresentar uma avaliação sobre o desarmamento do Iraque à ONU não é suficiente para chegar a uma conclusão definitiva.
No dia 27 de novembro, os inspetores de armas da ONU voltaram ao Iraque e retomaram os trabalhos de inspeção de armas de destruição em massa no país.
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU (Organização das Nações Unidas), e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
Com agências internacionais
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