Reuters
14/02/2003 - 10h09

Míssil irregular do Iraque poderia ser estopim de guerra

da Reuters, em Doha (Qatar)

Um tipo de míssil iraquiano que, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), chega a voar até 40 quilômetros a mais que o raio de ação de 150 quilômetros permitido poderia ter um peso definitivo sobre a deflagração de uma nova guerra no golfo Pérsico.

O míssil Al Samoud, uma versão minimizada do Scud soviético, voou, em testes realizados por especialistas, para além dos limites impostos pela ONU depois da Guerra do Golfo (1991).

Para o Iraque, o excedente é insignificante. O país afirma que todos os seus mísseis Al Hussein (de 650 quilômetros de alcance) haviam sido destruídos por determinação da ONU. O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, diz que o país não possui agora nenhuma arma capaz de atingir Israel.

Mas um dos chefes dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, deve incluir a questão do míssil Al Samoud no relatório a ser entregue hoje ao Conselho de Segurança da ONU, um documento considerado por muitos crucial para determinar se os EUA darão início a uma guerra a fim de desarmar o Iraque.

O governo norte-americano diz que o fato de o Al Samoud ter excedido o limite de raio de ação estipulado prova que o Iraque tenta enganar os inspetores e aponta para uma violação das promessas de desarmamento feitas pelo país árabe.

O Al Samoud irregular, de toda forma, não seria suficiente para atingir Israel, a cerca de 350 quilômetros do Iraque. O míssil poderia ser usado para atacar alguns vizinhos regionais, como a Arábia Saudita ou a Turquia. Todos, porém, possuem mísseis cujos raios de ação ultrapassam em muito o do Al Samoud.


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