São Paulo, sábado, 13 de outubro de 2001 |
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MENOS IGUAIS
ALÉM DA INJUSTIÇA SOCIAL, COR DIFICULTA VIDA DOS NEGROS A composição social do Brasil tem base larga e ápice estreito. Há, porém, uma característica ainda mais particular que a define: conforme você sobe na pirâmide, as camadas sociais vão embranquecendo. Os negros, que representam 45% da população do país, são 69% dos indigentes, ou seja, de todos aqueles que não ganham o suficiente para se alimentar com um mínimo de dignidade. Os dados mostram que os afro-descendentes estão em desvantagem em quaisquer indicadores que possam ser analisados: saúde, educação, renda, situação familiar e violência policial. Se algumas taxas sociais do Brasil melhoraram nos últimos anos, os brancos é que sentiram mais esses benefícios. Passados 113 anos da abolição da escravidão, o país só agora enfrenta diretamente um problema surgido em 1888: como inserir os negros na sociedade. A conferência da ONU contra o racismo, realizada na África do Sul, teve forte representação brasileira. O documento oficial apresentado pelo Brasil propunha a inclusão da cultura negra no currículo escolar e políticas específicas para educação e mercado de trabalho. Próximo Texto: Economia: Negros são 63% dos pobres e 69% dos indigentes do Brasil Índice |
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