29/06/2007
A FAVOR: Estudioso aprova curso para adultos
João Vianney, da educação a distância da Universidade do Sul de Santa Catarina, já fez parte de comissões do MEC que avaliam cursos de pedagogia a distância.
Ele aprova a metodologia semipresencial para os que já dão aulas, mas acredita que o curso não é adequado para adolescentes que acabaram de concluir o ensino médio.
FOLHA - A graduação a distância pode formar bons professores?
JOÃO VIANNEY - Pode, com restrições. No mundo inteiro, a educação a distância tem sido entendida como educação de adultos, quase sempre no mercado de trabalho. Para aquele grupo que não tem formação adequada e já trabalha, a formação a distância é extremamente enriquecedora.
Agora, para uma menina de 16 anos egressa do ensino médio, eu entendo que esse programa deveria ter um desenho quase que semipresencial, para que ela pudesse ter não apenas o conhecimento mas também ambiência da vida educacional.
Eu não recomendaria um curso de pedagogia para uma criança recém-egressa do ensino médio.
FOLHA - O que difere um professor formado a distância de um formado por curso presencial?
VIANNEY - Não há nenhuma distinção. A formação a distância tem que obedecer às mesmas diretrizes curriculares. A formação é equivalente. Se vai ser boa ou não depende da instituição que oferece.
FOLHA - Quais os benefícios e os prejuízos do curso a distância?
VIANNEY - Educação a distância permite o ingresso no ensino pela flexibilidade de horários de estudo. É um aluno adulto, que entende a educação a distância como uma oportunidade que ele não pode perder.